Confira cuidados para reduzir riscos de contaminação da Covid-19 no Ano Novo

Durante confraternizações de fim de ano, infectologistas recomendam medidas de segurança a serem tomadas para conter a propagação do novo coronavírus

Escrito por Redação ,
Legenda: Infectologista recomenda que em caso de apresentação de sintomas da doença, desde febre, tosse ou até dificuldade de respirar, é necessário permanecer em casa
Foto: José Leomar

Após um ano marcado por mudanças, tristezas e desafios, a virada de ano aparece com a possibilidade do surgimento de dias melhores, principalmente devido à chegada da vacina da Covid-19 em 2021. No entanto, em um cenário que os casos da doença registram mais de 330 mil ocorrências no Ceará, infectologistas alertam para os cuidados a serem tomados nos momentos de confraternização do Réveillon. Apesar de perceberem a não realização de festas como o ideal, compartilham recomendações para evitar o aumento na propagação do novo coronavírus. 

 

Dentre as principais recomendações elencadas pela infectologista Mônica Façanha, professora do Departamento de Saúde Comunitária da Universidade Federal do Ceará (UFC), está a necessidade de não realizar eventos com aglomerações. Porém, em casos de confraternização com pessoas para além do círculo de convivência doméstico, alerta para o uso de máscaras, a higiene constante das mãos e a permanência em locais ventilados.

“Se for tirar máscara durante as fotos, realizar o mais breve possível para evitar contágio”, aponta Mônica.

Assim como a professora da UFC, o infectologista Keny Colares, consultor da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP), pede aos cearenses que continuem seguindo os cuidados sanitários já elencados. Porém, acrescenta que em caso de apresentação de sintomas da doença, desde febre, tosse ou até dificuldade de respirar, é recomendado permanecer em casa. 

Locais mais recomendados

Em relação aos ambientes, a infectologista Mônica Façanha explica que a configuração do local também influencia no risco de contágio. “Quanto mais fechado o local e mais próximas as pessoas precisarem ficar, maiores são as chances”, aponta. Segundo coloca, ambientes abertos, como quiosques e restaurantes, possuem menos risco do que bares e clubes fechados. 

No entanto, entre um quiosque à beira-mar com muitas pessoas e um bar fechado com pouca aglomeração, o bar apresentaria menos riscos , segundo Mônica. “Se tiver muita gente no quiosque, essa ‘segurança’ vai por água abaixo”, reforça. As atividades realizadas no local também podem impactar, já que uma pessoa cantando ou falando alto pode liberar mais secreção e aumentar o risco do contágio. 

“A utilização de máscara reduz os riscos, mas quando as pessoas estão cantando, falando em voz alta, a força que o ar sai, leva as secreções para mais distante e em maior quantidade, por isso facilita a transmissão”, explica Mônica.
 

Tempo de Permanência

Além do ambiente, a quantidade de tempo nas confraternizações podem repercutir nos casos da Covid-19. “Quanto mais tempo no restaurante, mais chances de se expôr”, diz Mônica. Para ela, a transmissão não ocorre da mesma forma para todos, mas comenta que mesmo utilizando máscaras, caso a pessoa permaneça muito tempo em um local fechado com aglomeração, há o aumento do risco de ser contaminado. 

“Se estiver em um ambiente com muita gente, e local fechado, acaba sendo mais perigoso”, reafirma Keny Colares. No entanto, aponta ser relativo a questão dos riscos de contaminação, dependendo de variáveis como tempo, quantidade de pessoas e uso de máscaras.

“Se entrou em um ambiente sem máscara e ficou pouco tempo no local (por minutos) tem menos risco do que se entrar de máscara em ambiente fechado e ficar por horas”, finaliza o infectologista. 

Limite de pessoas durante confraternizações

Para Mônica, durante os encontros de Réveillon, o mais recomendado é que se juntem somente as pessoas que normalmente já estão tendo contato no cotidiano, não recebendo convidados externos. “Se são pessoas que normalmente ficam juntas, a troca de gotículas e secreções acontecem dentro de casa, no dia a dia. Se receberem pessoas externas, pode ser que elas estejam contaminadas e contaminem o grupo”, explica. 

A infectologista também reforça a importância de manter a distância pelo menos 1,5 metros caso recebam visitas, podendo variar a quantidade de pessoas a depender da área do ambiente. “A quantidade de pessoas vai depender de acordo com o tamanho do local, o ideal é que fiquem nessa distância mínima”, reforça. Os familiares podem ser considerados como uma “ilha”, no qual não precisam manter essa distância.

Cuidados durante a ida às praias 

Considerando as viagens realizadas para praias no litoral cearense, Keny Colares sugere a realização do transporte em veículos individuais, “se possível, claro”, diz. Ao invés de distintos grupos familiares se alternarem em carros, recomenda que um grupo de família vá em um mesmo carro, por já terem convivência no cotidiano doméstico. 

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