Após prova da Funsaúde, rodoviária de Fortaleza tem lotação e pessoas sem conseguir passagem

Concurseiros relatam transtornos no Terminal Rodoviário Engenheiro João Tomé

Escrito por Bruna Damasceno | Rafaela Duarte ,
Fila no terminal
Legenda: Concurseiros enfrentaram longas filas
Foto: VC Repórter

Após a prova da Fundação Regional de Saúde do Ceará (Funsaúde), concurseiros enfrentaram, na noite deste domingo (24), lotação e dificuldades para comprar passagens de última hora para retornar aos seus destinos, no Terminal Rodoviário Engenheiro João Tomé, em Fortaleza. Os relatos são de filas extensas e transtornos. 

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Dos 164.465 inscritos, pelo menos 54,8 mil fizeram a prova neste fim de semana (23 e 24 de outubro), na Grande Fortaleza, segundo balanço parcial da Funsaúde. 

Até o fim da tarde de hoje, foram contabilizadas 81.756 inscrições. Destas, 27,8 mil não candidatos compareceram. O índice oficial de faltosos ainda será divulgado, nas próximas horas, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) — banca responsável pelo certame. 

Sem conseguir voltar  

De Garanhuns, em Pernambuco, o psicólogo Danilo Menezes conta não ter conseguido comprar os bilhetes para retornar. “Não consigo ônibus nem para hoje, amanhã e depois. Só tem para quarta-feira. Terei de ficar dois dias aqui”, relatou.

Casal
Legenda: Os piscólogos Danilo Menezes e Kerollayne Cavalcante não conseguiram comprar passagens neste domingo
Foto: Rafaela Duarte / SVM

“Nem para Recife estou conseguindo. Inclusive, estamos vendo onde ficar, até a rede hoteleira está, aparentemente, lotada”, conta. Ele relatou que, ao chegar, por volta das 19 horas, a rodoviária “estava intransitável”. 
 
A psicóloga  Kerollayne Cavalcante acrescenta ter se programado apenas para a vinda, mas não esperava o transtorno para retornar para Pernambuco. 
 

“Estava com dificuldade para a volta, mas não queria desistir do concurso, estamos arcando com essa vinda para cá”, lamenta. 

Cansaço 

O dentista Bruno Lúcio, também de Pernambuco, conseguiu comprar as passagens com antecedência, mas lamentou os transtornos no terminal após longo dia de prova. 

"O dia foi bem cansativo. Chegamos hoje pela manhã e tinha filas enormes para ir ao banheiro. Foi 20 minutos para comprar a senha para usar o banheiro", contou. 

O Diário do Nordeste perguntou à Socicam, empresa administradora dos terminais de ônibus da Capital, sobre a preparação para receber a demanda do concurso e demais medidas de segurança de proteção contra a Covid-19 e aguarda resposta. 

O que diz o terminal

Em nota, a Socicam, gestora do equipamento, informou que 6, 5 mil passageiros passaram pelo terminal neste domingo (24). Segundo a empresa, o número é considerado "normal". "Em um período de feriadão, por exemplo, a média-dia de passageiros pode chegar a 12 mil", diz. 

"A Socicam esclarece ainda que o fluxo pareceu maior no fim de tarde devido, em parte, aos concurseiros que tinham passagem marcada para mais tarde, mas anteciparam a ida à Rodoviária, logo que terminaram a prova. As empresas de ônibus não podiam abrir horários extras antes de terminada a prova, porque logicamente não haveria procura. Mas, o fluxo estava dividido em diferentes horários e ônibus extras", diz em nota. 
 
A empresa garante que aplica todos os protocolos de biossegurança contra a Covid-19. Sobre a procura por passagens, a Sociam orienta que os passageiros adquiram os bilhetes de passagens com antecedência. 
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