O tribunal da Fifa puniu o atacante Juan Martín Lucero, do Fortaleza, com quatro meses de suspensão para jogos oficiais. O atleta já não vai atuar contra o Libertad-PAR, na noite desta terça-feira (8), pela volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana.
A entidade máxima do futebol também puniu o Fortaleza com a proibição de contratar novos jogadores, a nível nacional ou internacional, nas próximas duas janelas de transferências do futebol brasileiro. A decisão ainda cabe recurso e a diretoria do Tricolor vai recorrer.
Em nota oficial publicada no site do clube, o Fortaleza disse que foi surpreendido com a decisão do tribunal da Fifa e reafirmou “tratou com o atleta Juan Martín Lucero, em condição de jogador livre, e mediante a devida comprovação documental”.
O Tricolor já prepara o recurso para dar entrada na Corte Arbitral do Esporte e nenhum dirigente deve se manifestar publicamente sobre o assunto nos próximos dias. Até que a Fifa responda, Lucero seguirá suspenso.
Em junho, o camisa 9 do Leão, em entrevista a um jornal argentino disse que não temia a possível suspensão, algo que aconteceu nesta terça-feira (8.
"Estou muito calmo. Eu segui o conselho antes de decidir sair. Falei com meus advogados e o pessoal de Fortaleza viu meu contrato com o Colo Colo. Se um clube vê meu contrato e me assina, é porque está tranquilo. Todos os advogados concordam que não havia nada fora da lei, mas pode acontecer de você ganhar ou perder no FIFA", disse o jogador.
O Colo-Colo acionou a instituição contra o Fortaleza e acusa o clube por convencer Lucero a rescindir seu contrato. O clube chileno ainda alega que o jogador não tinha nenhuma cláusula de rescisão e afirmou que o Fortaleza o induziu a pedir a liberação.
ENTENDA O CASO
Em abril desse ano o Colo-Colo acionou a Fifa contra o Fortaleza e contra o atacante do Leão, Juan Martín Lucero. Segundo o clube chileno, o Tricolor teria aliciado e induzido Lucero a rescindir com o Colo-Colo para assinar com o Fortaleza já que em seu contrato não haviam clásulas sobre rescisão.
O Colo-Colo chegou a pedir à Fifa que o jogador fosse impedido de trocar de clube durante três meses e pediu um valor de, aproximadamente, R$ 10 milhões. Além disso, o clube do Chile solicitou que o jogador ficasse afastado dos gramados por, pelo menos, quatro meses.