Titi pede união dos jogadores e fala em omissão da CBF: 'Ninguém nos ligou'

Zagueiro foi um dos atletas feridos em atentado sofrido pela delegação do Fortaleza

Legenda: Defensor ficará afastado dos gramados por pelo menos três semanas.
Foto: João Moura / Fortaleza EC

Na tarde desta terça-feira (27), o zagueiro Titi, um dos atletas feridos no atentado sofrido pela delegação do Fortaleza depois do empate em 1 a 1 contra o Sport na última semana, pediu união dos jogadores. Em entrevista ao programa Seleção Sportv, o defensor lamentou que para algumas pessoas o mais importante é que os campeonatos não parem e a bola continue rolando.

"No futebol existe vitória, derrota, jogar bem ou mal, isso tudo faz parte, mas o que não faz é a violência, que vem acontecendo ao longo dos anos. O que está se desenhando é isso, uma tragédia ainda maior do que já aconteceu com o nosso Fortaleza e com outros clubes. Talvez os atletas também tenha mea-culpa nisso, porque o certo era nenhuma rodada acontecer. A bola não poderia voltar a rolar enquanto os bandidos que tiveram aquele ato não fossem penalizados. Mas, infelizmente, no nosso país, o mais importante é que a bola continue rolando, independente das outras situações".
Titi
Zagueiro do Fortaleza

Titi também destacou a omissão da CBF em relação ao ocorrido com os profissionais que atuam no Tricolor do Pici. O zagueiro chegou a fazer um vídeo em que pede ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que tome uma medida enérgica contra a violência. No entanto, o atleta leonino afirmou que a entidade máxima do futebol brasileiro segue omissa e empenhada para que os campeonatos possam seguir acontecendo.

"Eu fiz um apelo em um vídeo ao presidente Ednaldo, que hoje senta na cadeira master do nosso futebol brasileiro, para que ele use esse poder que ele tem hoje para que seja uma coisa marcante, que isso que aconteceu com o Fortaleza seja um passo para a mudança, porque só está postergando aquilo que já vinha acontecendo há muito tempo. Os atletas e aqueles que vivem do futebol são xingados por palavras, maltratados por atitudes, agora foi por violência no nosso ônibus. O que estão esperando para fazer alguma coisa? Uma morte de algum atleta? CBF, presidente Ednaldo, chegou o momento. Eu falei isso. O que mais me choca é que não recebemos nenhuma ligação, seja do presidente da CBF ou de alguém, perguntando como estamos. O importante é que a bola continue rolando".
Titi
Zagueiro do Fortaleza

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