Ceará terá queda aproximada de R$ 100 milhões em arrecadação após rebaixamento
Dirigente falou sobre o impacto financeira no clube após queda para a Série B
O rebaixamento do Ceará para a Série B do Brasileiro vai impactar fortemente a arrecadação do clube para 2026. Em entrevista ao programa Jogada 3º Tempo, da Verdinha FM 92.5, nesta segunda-feira (8), o presidente do clube, João Paulo Silva, estimou uma queda na casa dos R$ 100 milhões.
O dirigente explicou que a estimativa não leva em conta apenas valores referentes a direitos de transmissão, mas também bilheteria com torcedores visitantes e patrocinadores.
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Tudo isso cai, as receitas, então você tem que se adaptar. Infelizmente a gente caiu no primeiro ano que nós voltamos. Isso é muito ruim. Eu sempre deixei claro publicamente que o Ceará ainda tinha débito de 2022, que consegui pagar muita coisa ao longo desse ano. E no próximo ano a gente ia entrar com uma nova realidade, mas infelizmente a gente acabou caindo e vamos ter que nos adaptar a essa nova realidade. Não adianta a gente se lamentar, é trabalhar para que a gente possa voltar já em 2027
João Paulo comparou o rebaixamento deste ano com o de 2022 e explicou que as consequências da queda de receita serão bem menores. O dirigente citou que várias obrigações de compra de atletas não serão exercidas com a queda para a Série B.
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O Ceará vai chegar muito melhor em 2026 do que em 2023 quando ele caiu em 2022. Apesar de que esses dois anos, 2024 e 2025, nós pagamos muitas coisas do passado. De empréstimos, acordos, rescisões, comissões etc. Esse ano de 2026 não tenho nenhuma obrigação de compra porque em 2025 a gente trouxe esses jogadores por empréstimo e colocamos as opções de compra. No caso do Sobral, tínhamos a opção de comprar caso o Ceará ficasse na Série A e ele atingisse uma minutagem. Paulo Baya, Galeano, Fabiano, Matheus Bahia, da mesma forma. Esses jogadores, por questão de orçamento, eu não vou poder fazer a compra de nenhum deles. Pode ser que o clube fique porventura com algum desses jogadores mas que venham em outra condição, mas um possível empréstimo
As tratativas de reformulação do elenco já iniciaram nesta segunda, pelo próprio presidente alvinegro. A reformulação de elenco deve ficar entre 50% a 60%, disse o dirigente.
Redução na folha
O investimento na folha salarial de atletas também cairá. João Paulo disse que a referência da nova realidade será o time de 2024, que conquistou o acesso para a Série A.
“A gente começou o ano com R$ 6 milhões (de folha) e terminou com quase R$ 7 milhões. Não posso dizer quanto vai ser porque preciso da aprovação do Conselho (Deliberativo), mas o ideal é que a gente tenha uma folha igual a de 2024, algo em torno de R$ 4 milhões ou R$ 4,5 milhões”, disse.
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