Ceará poderá ser punido após árbitro relatar cantos homofóbicos da torcida contra goleiro do Confiança

Alvinegro emitiu uma nota reafirmando que 'é terminantemente contra qualquer tipo de manifestação homofóbica'

Escrito por
João Bandeira Neto joao.bandeira@svm.com.br
(Atualizado às 11:56)
Legenda: O alvo das música teria sido o goleiro do time de Sergipe, Rafael Mariano
Foto: Kid Júnior/SVM

O Ceará poderá ser punido pela Justiça Desportiva após o árbitro Davi de Oliveira Lacerda relatar na súmula do jogo contra o Confiança que a torcida do Vovô entoou cantos homofóbicos no segundo tempo da partida. O alvo das músicas teria sido o goleiro do time de Sergipe, Rafael Mariano. A partida chegou a ser interrompida e o sistema de som do estádio advertiu os torcedores sobre os cânticos discriminatórios.

Na manhã desta quinta-feira ( 13), o Ceará emitiu uma nota em seu site oficial reafirmando que 'é terminantemente contra qualquer tipo de manifestação homofóbica'.

"Conhecido popularmente como Time do Povo, o Ceará, mais uma vez, reafirma o seu compromisso no combate às manifestações homofóbicas e/ou discriminatórias em todas as esferas. Diante do Confiança, na quarta-feira, 12, em duelo válido pela 2ª fase da Copa do Brasil, o clube agiu rapidamente com aviso sonoro e visual após o árbitro do jogo sinalizar cânticos homofóbicos direcionados ao goleiro da equipe sergipana", diz a nota.

Relato na súmula

A descrição do fato foi detalhado por Davi de Oliveira no documento oficial da partida. "Informo que aos 48 minutos do segundo tempo, o jogo foi interrompido em decorrência de parte torcida mandante proferir cantos homofóbicos contra o goleiro da equipe a. d. confiança, como: "goleiro viado, goleiro viaado...". informo que logo após, o sistema de som do estádio informou que não é permitido cantos homofóbicos"

Caso seja punido após o julgamento, a pena prevista é de multa de R$ 100 a R$ 100 mil; ou a suspensão de cinco a 10 partidas, ou 120 a 360 dias se for praticada por qualquer outra pessoa natural submetida ao Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

Em sua defesa, o Ceará disse rapidamente tomou medida contra o ato. "O episódio, comunicado em campo ao delegado da partida, foi relatado em súmula, assim também como a medida tomada pelo Clube. Vale salientar que o Ceará se apresenta como um time plural e repudia qualquer tipo de manifestação intolerante em função de etnia, classe social, religião ou orientação sexual. O Ceará é um time de todos", esclareceu em nota.

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