Brigas generalizadas entre torcidas do Sport e do Santa Cruz deixam 12 feridos e 14 presos em Recife

Os casos são investigados pela Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 12:06)
Legenda: As cenas das brigas viralizaram nas redes sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

As brigas generalizadas entre torcedores do Sport e do Santa Cruz, nesse sábado (1º), resultaram em ao menos 12 pessoas feridas e outras 14 detidas. Dos feridos, seis receberam alta e três seguem internados, segundo o G1.

A Polícia Civil de Pernambuco contabilizou que três pessoas foram autuadas em flagrante em Paulista, na Região Metropolitana de Recife, por tentativa de invasão no Terminal Integrado de Passageiros Pelópidas Silveira.

Também na região metropolitana, no Cabo de Santo Agostinho, a Polícia prendeu em flagrante três pessoas, após confronto com uso de explosivos.

Todos os casos serão investigados pela Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva.

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Governo pernambucano proibiu torcida nos jogos

Devido aos episódios violentos, o governo de Pernambuco proibiu torcida em jogos do Santa Cruz e do Sport por cinco partidas.

A decisão foi tomada após uma reunião do Centro Integrado de Comando e Controle Estadual, com representantes do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e do Ministério Público (MPPE).

Presidente de torcida foi violentado sexualmente em via pública

Nesse sábado (1º), horas antes do "Clássico das Multidões", viralizaram nas redes sociais várias cenas de brigas entre torcedores do Sport e do Santa Cruz, com correria e depredação em ruas de vários bairros de Recife.

Em um dos vídeos sobre o caso, dois homens são cercados e espancados por outros vestidos com roupas do Santa Cruz. Os dois foram deixados nus e um deles, identificado como o presidente da torcida organizada do Sport, foi violentado sexualmente com um bastão de ferro. Não há informações sobre o estado de saúde da vítima.

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Repercussão política

Nas redes sociais, o prefeito de Recife, João Campos (PSB), se referiu aos episódios como "cenas criminosas no confronto entre vândalos que usam o futebol para praticar violência". "É urgente a identificação e uma punição severa para esses delinquentes. Futebol não é isso", criticou o político.

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), também se posicionou sobre o caso. Ela disse saber que não há "solução simples para problemas complexos", mas que terror e barbárie "não podem ser tolerados, nem normalizados". 

"Vamos trabalhar para que a compra de ingressos, a partir de agora, seja feita com cadastro biométrico e reconhecimento facial", determinou a governadora.