Câmara dos Deputados instala comissão especial para analisar Lei de Improbidade Administrativa

O presidente da Casa, Rodrigo Maia, que compareceu à reunião inaugural da comissão, destacou a importância do tema e a necessidade de se modernizar a legislação

Escrito por Redação , politica@verdesmares.com.br
Legenda: Câmara dos Deputados
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados instalou, ontem, a comissão especial para análise do Projeto de Lei 10887/18, que atualiza a Lei de Improbidade Administrativa (8.429/92). O presidente da Casa, Rodrigo Maia, que compareceu à reunião inaugural da comissão, destacou a importância do tema e a necessidade de se modernizar a legislação.

"É uma lei que tem uma estrutura de tipos muito aberta, que vem inviabilizando o próprio interesse de agentes públicos de assumir posições relevantes no nosso País", afirmou.

Maia criticou especificamente o artigo 11 da norma. "Nele cabe tudo". O artigo determina que constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições. O texto elenca ainda dez práticas em seus incisos.

"Uma simples ação civil de ressarcimento vira uma ação de improbidade, que vai somando esforços no caminho da generalização de mal feitos e de criminalização da política", completou Maia.

A comissão, ressaltou Maia, deve aprovar texto que conte com apoio dos deputados. "Lei objetiva e clara, que puna os erros dos agentes públicos e evite que pessoas de bem deixem de assumir cargos relevantes na administração pública".

A comissão elegeu por unanimidade o deputado Tadeu Alencar (PSB-PE) para presidir o colegiado. Ele indicou Carlos Zarattini (PT-SP) para a relatoria.

Zarattini pediu sugestões para a realização de audiências públicas. Ele informou que apresentará na semana que vem seu plano de trabalho. "Queremos ouvir representantes do Judiciário, do Ministério Público, da Advocacia-Geral da União, de prefeituras e entidades de combate à corrupção".

Ele espera elaborar seu relatório em dois ou três meses e levar o projeto ao Plenário até o fim do ano.

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