Mortes por síndrome respiratória aumentam em 1.676% no Ceará em decorrência da Covid-19

Dados comparativos com 2019 foram divulgados na noite desta quarta-feira (13) em boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde

Escrito por Redação ,
Legenda: Hospital Leonardo da Vinci
Foto: Foto: Divulgação/ Governo do Ceará

O Ceará teve um aumento em 1.676% no número de mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), ocasionado principalmente pelo avanço da Covid-19. O dado é comparativo ao mesmo período de 2019 e foi divulgado na noite desta quarta-feira (13) em boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). 

Causada por vírus, a SRAG é uma doença respiratória que pode ter como causas a infecção por influenza ou outros agentes virais. O novo coronavírus traz em seu nome científico, SARS-CoV-2, a sigla em inglês da enfermidade, Severe Acute Respiratory Syndrome (SARS). 

A análise da Sesa, que vai até o dia 12 de maio, aponta que dos 7.705 casos de SRAG registrados em 2020 até o momento, 1.350 evoluíram para óbito. Levando-se em consideração os casos já confirmados de Covid-19, foram constatados 967 mortes. 

No mesmo período de 2019, ainda sem a circulação do novo coronavírus no estado, outros agentes virais que provocaram SRAG em pacientes decorreram em 76 óbitos, de um total de 627 diagnósticos da enfermidade. 

Na tarde desta quarta-feira (13), a plataforma IntegraSUS, da Sesa, apontou o recorde de mortes contabilizadas em 24 horas no Ceará. Foram 109 óbitos a mais em relação a terça-feira (12), totalizando 1.389 pessoas que não resistiram à doença. Foram confirmados 19.156 casos de Covid-19. 

Ocupação dos leitos

A ocupação de leitos de enfermaria e UTI no Ceará subiu 500% nos últimos 40 dias devido à pandemia do novo coronavírus. O dado foi informado pela Secretaria de Saúde (Sesa), nesta quarta-feira (13), através do boletim epidemiológico semanal. O período analisado foi do dia 2 de abril até 12 de maio.

A taxa de leitos ocupados no Ceará, segundo última atualização do IntegraSUS, é de 88,53% para UTIs e 81,3% em enfermarias. O tempo médio de internação é de 7 dias.



O informe lista também oito hospitais com lotação máxima de UTIs, distribuídos por *cinco cidades. Epicentro da doença no Estado, Fortaleza tem quatro unidades (Hospital Geral de Fortaleza, Hospital São José, Hospital de Messejana, Hospital Batista e Hospital Infantil Albert Sabin), acompanhada por Caucaia (Hospital Abelardo Gadelha), Itapipoca (HSPV) e Quixeramobim (Hospital Regional do Sertão Central).

Vale ressaltar que o fluxo de leitos é variável, com os índices apresentados referentes exclusivamente a data final da amostragem. O número muda devido às altas hospitalares - nas últimas 24 horas foram 642 pacientes.




 

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