Beco da Poeira vai permanecer no Centro

Escrito por Redação ,
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Prefeitura deverá utilizar a estrutura do ´prédio do esqueleto´ para construir o restaurante popular

O impasse da realocação dos feirantes do Beco da Poeira numa nova estrutura parece ter chegado a uma solução. Os permissionários serão definitivamente transferidos para o terreno da antiga fábrica têxtil Thomaz Pompeu, localizada a 100 metros da estrutura onde o comércio está hoje instalado. A informação foi dada ontem, pela prefeita Luizianne Lins, após reunião de 11 horas com o governador Cid Gomes e os respectivos secretários e assessores técnicos para estabelecer cooperações entre os projetos das duas administrações.

“É para ontem. Vamos imediatamente procurar os proprietários do imóvel, entrar num entendimento e cumprir um prazo até junho de 2009, em função das obras do Metrofor, para que o projeto esteja licitado, com todas as questões resolvidas. Depois do Carnaval, daremos prioridade à questão do Beco da Poeira e eu me comprometo a acompanhar pessoalmente esse trabalho”, explicou Luizianne.

A prefeita adiantou que os recursos para a transferência do centro comercial já estão assegurados, sendo uma parte da Prefeitura e outra do governo do Estado. “Entre adquirir o prédio e a obra em si, o projeto deverá ser da ordem de R$ 10 milhões”, explicou.

Intervenções no Centro

Segundo Luizianne Lins, o projeto do novo Beco da Poeira já estava todo traçado, mas havia algumas pendências que fugiam da atuação da administração municipal, como a questão envolvendo a verba da Associação dos Permissionários (Aprovace), que foi insuficiente para dar andamento às obras. “A gente apresentou algumas soluções para o governo do Estado e ele nos ajudou. Será um projeto interessante, que vai criar um centro popular substituindo o Beco da Poeira e atraindo atenção a atenção da população para o local. Nós deveremos ficar com o chamado ‘prédio do esqueleto’ para montar o restaurante popular. O governo do Estado, a nosso pedido, assume e mantém a estrutura do Lord Hotel, porque ia ser derrubado pelo Metrofor. Como é um patrimônio da cidade, um prédio da década de 50, será preservado e montado no local uma espécie de centro de prestação de serviços”, adiantou a prefeita.

No Centro, também será construído o Museu de Fortaleza, no prédio da Refesa (Rede Ferroviária Federal). “Há anos havia uma disputa de gestões anteriores do governo do Estado e da Prefeitura por aquele espaço. Hoje, decidimos que o Estado fica apenas com o centro operacional do Metrofor e a Prefeitura terá acesso a todo o equipamento, com os galpões, para criar o primeiro museu da Capital, de fato, que até hoje não existe. Fico muito feliz por ter conquistado esse espaço porque era um entrave que me rendeu uma luta de quatro anos, desde que assumi o município, e foi resolvido com sintonia entre as gestões”.

Todas essas obras, conforme ressaltou, serão interligadas com outras ações para viabilizar a revitalização do Centro. “Já começaram a chegar também os recursos do projeto da Rua das Praças, que vai ligar a Praça José de Alencar à Praça da Estação João Felipe.

Ações conjuntas

De acordo com o governador Cid Gomes, os projetos discutidos na reunião de ontem serão acompanhados através de novos encontros entre os gestores. Dois deles já estão agendados. No próximo dia 26, será discutida a situação da infra-estrutura para que Fortaleza seja sub-sede da Copa do Mundo de 2014. No dia 4 de março, governo e Prefeitura tornam a se reunir para discutir projetos independentes.

ZONA OESTE
Termo de compromisso garante projeto Vila do Mar

Um termo de compromisso assinado ontem entre o governador Cid Gomes e a prefeita Luizianne Lins definiu que o projeto “Vila do Mar”, que pretende requalificar a orla da zona oeste de Fortaleza, nos bairros Barra do Ceará, Nossa Senhora das Graças, Cristo Redentor e Pirambu, será implantado e executado pela administração municipal, em parceria com o governo, através da Secretaria das Cidades. Dessa forma, o projeto denominado “Costa Oeste” deixa de existir.

Caberá, então, à gestão estadual a construção de 1.174 unidades habitacionais, referentes aos empreendimentos Alves de lima e Dom Hélder Câmara, que beneficiará moradores das avenidas Pasteur e Radialista José Lima Verde.

Para a Prefeitura, fica estabelecida a responsabilidade de concluir o projeto, já licitado, que compreende a construção de mais 1.208 residências, além de 4.000 melhorias habitacionais e 8.000 ações de regularização fundiária. O projeto também prevê a urbanização da área, construção de creche, centro de saúde, espaço de convivência, cinco quadras esportivas e ciclovias.

Durante a reunião na residência oficial do governador, foi destacado o apoio mútuo das duas administrações para realizar o projeto. “Entramos em sintonia para agilizar essas obras”, disse Luizianne.

Guto Castro Neto
Repórter

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