Petrópolis: sobe para 104 o número de mortos pelo temporal

O número de vítimas segue sendo atualizado pelas autoridades da cidade. A previsão do tempo para a Região Serrana é de mais chuva nesta quinta-feira (17)

Escrito por Diário do Nordeste/Estadão Conteúdo ,
Petrópolis registra mortes, deslizamentos de terra e enchentes após fortes chuvas
Legenda: A prefeitura orienta que os moradores evitem sair de casa
Foto: Divulgação Governo do Estado do Rio de Janeiro

O número de mortes registradas após um temporal atingir Petrópolis, no Rio de Janeiro, subiu, na manhã desta  quinta-feira (17), para pelo menos 104 pessoas, sendo pelo menos oito crianças vítimas da tragédia, segundo informações da prefeitura e do Corpo de Bombeiros da cidade repassadas ao G1.

Já o número de desabrigados chega a 377. A localidade da Região Serrana do Rio teve deslizamentos e alagamentos causados pelas fortes chuvas que atingiram o município.

Vários pontos do centro estão bloqueados e as aulas da rede pública foram suspensas. 

Mais chuvas

A previsão do tempo para a Região Serrana do Rio de Janeiro é de mais chuva nesta quinta-feira (17), de acordo com o Climatempo.

Segundo a Defesa Civil, foram contabilizados 207 ocorrências, dos quais 171 são por deslizamentos. Mais de 180 militares trabalham no atendimento à população. Equipes especializadas em busca e salvamento foram enviadas para reforçar o socorro, com apoio de viaturas do tipo 4x4 e botes.

Oito ambulâncias extras também foram empenhadas para atender a região e outras 10 viaturas do Corpo de Bombeiros do Estado estão sendo enviadas para a cidade. Pela manhã, há previsão de envio de cerca de 10 aeronaves das forças de segurança do Estado para auxiliar nos trabalhos.

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No local conhecido como Morro da Oficina, no Alto da Serra, a Defesa Civil estima que 80 casas tenham sido afetadas. Em outras regiões, como 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e nas ruas Uruguai, Washington Luiz e Coronel Veiga também há registros.

Foram mobilizados agentes de diversas secretarias, como de Obras, Serviço, Segurança e Ordem Pública, Saúde, Educação, além da Companhia Municipal do Desenvolvimento de Petrópolis e CPTrans para atender a população.

Bombeiros
Legenda: O corpo de Bombeiros faz busca por sobreviventes na região
Foto: CARL DE SOUZA / AFP

 

"Orientamos a população que ao sinal de qualquer instabilidade nas áreas em que residem, que procure o ponto de apoio e nos acionem", destacou o secretário de Defesa Civil, o Tenente Coronel Gil Kempers. Em caso de emergência, a Defesa Civil orientar ligar 199.

Estado de calamidade

Em duas horas choveu 240 milímetros em Petrópolis. Além de dezenas de pontos de alagamento, o temporal arrastou carros e causou a queda de barreiras.

A rodovia Rio-Petrópolis foi parcialmente interditada na altura do km 82, nas imediações do terminal rodoviário do Bingen, devido à queda de uma barreira. A prefeitura informou ainda ter decretado estado de calamidade pública em virtude das fortes chuvas que afetaram a cidade.

Segundo a prefeitura, trechos inundados ou alagados devido ao volume elevado de chuva começaram a ser liberados, facilitando o acesso do socorro por parte dos órgãos competentes, como Defesa Civil e Corpo de Bombeiros. O núcleo de chuva que atuou no município nas últimas horas já se afastou da cidade, segundo a prefeitura, mas permanece a previsão de chuva nas próximas horas, com intensidade fraca a moderada.

Resgate de cachorro em Petrópolis
Legenda: Morador resgata cachorro após um deslizamento de terra em Petrópolis
Foto: CARL DE SOUZA / AFP

A maior parte dos deslizamentos foi registrada nas localidades do Quitandinha, Alto da Serra, Castelânea, Centro, Coronel Veiga, Duarte da Silveira, Floresta, Caxambu e Chácara Flora. Houve alagamentos por diversos pontos da cidade — os 11 registrados pela Defesa Civil foram das regiões do Alto da Serra, Corrêas, Centro e Mosela.

Em 2011, as fortes chuvas na Região Serrana do Rio deixaram mais de 900 mortos. É considerada a maior tragédia climática da história do Brasil. Em 2001, foram 57 mortos em Petrópolis. Em 2013, outra tragédia devido à chuva, com 33 mortos.

Bolsonaro pede auxílio imediato

O presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu aos ministros Paulo Guedes (Economia) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) "auxílio imediato" às vítimas das chuvas em Petrópolis.

Tweet Bolsonaro em que ele se solidariza sobre chuvas em Petrópolis
Foto: reprodução

Conforme Bolsonaro, ele também conversou com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). "Retorno na próxima sexta-feira e, mesmo distante, continuamos empenhados em ajudar ao próximo. Deus conforte aos familiares das vítimas", finalizou o chefe do Executivo, na mesma rede social.

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