Bloco de Carnaval em Juiz de Fora termina com uso de bombas e spray de pimenta pela PM
Inúmeras pessoas passaram mal

Foliões que curtiam o Bloco da Benemérita, em evento de Carnaval realizado na Praça Antônio Carlos, em Juiz de Fora (MG), tiveram a festa interrompida por uma grande confusão com policiais na noite de sábado (1°).
A artista visual e professora Paula Duarte publicou no Instagram cenas onde várias pessoas, atingidas por uso de bombas e gás de pimenta, passaram mal.
“A gente estava no bloco da Benemérita, que é um grande bloco, principalmente para pessoas negras e LGBTs e a polícia dispersou o bloco com spray de pimenta e bomba. Tinha muita criança no palco, foi todo mundo afetado pelo spray de pimenta”, relatou Paula Duarte.
Assista:
Nas imagens, é possível ver diversas pessoas deitadas na calçada, sendo socorridas. Ainda no vídeo, Paula diz que foi “chutada e os organizadores do bloco foram presos”, que esclareceu que ambos detidos são pessoas trans.
Nas imagens, é possível ver um dos organizadores levando uma coronhada de um dos policiais e, depois, com a cabeça ensanguentada. Ainda segundo a artista visual, o incômodo dos PMs começou após os foliões se manifestarem contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O que diz a polícia sobre a ação
Em entrevista a rádio Itatiaia, neste domingo (2), a major da Polícia Militar (PM) Layla Brunella declarou que, conforme os relatos dos militares que estavam no local, a intervenção militar aconteceu após um ônibus da cidade ser apedrejado e os populares atacarem os policiais.
“Conforme os militares que estavam no local, houve uma mudança no perfil do que seria um bloco de Carnaval e iniciaram-se ali músicas de baile funk, a venda de bebida para menores e o uso de drogas”, relatou a major no início da entrevista.
Segundo a profissional da segurança pública, o reforço militar aconteceu também após foliões arremessarem garrafas contra os policiais e a incitação à violência feita pela organizadora do bloco
"Houve essa necessidade de intervenção inicial, né? Com a chamada inclusive de reforço de policiais militares, porque eles apedrejaram o ônibus da cidade. Em razão dessa violência, os militares iniciaram uma ação para abordar esses suspeitos e começou pela responsável do bloco, uma incitação, uma violência, ela começou a pedir aos usuários ali, aos foliões, que atacassem os policiais", continuou.
Sobre o uso do spray de pimenta, a major esclareceu que, devido ao movimento de violência dos foliões, “nós pedimos reforço e houve necessidade de uso de gás, de uso de força para conter as pessoas em relação aos nossos policiais militares”.
Conforme a emissora, três pessoas foram presas, entre elas a responsável pelo bloco, que responde por incitação à violência, desobediência, desacato, ameaça e resistência.
Uma segunda pessoa foi levada à delegacia devido a uma intervenção e agressão a um policial militar. Segundo a Major, ela irá responder por desobediência, desacato, resistência e agressão.
Já o terceiro conduzido teria arremessado uma garrafa contra um PM. Ela irá responder por lesão corporal tentada, desobediência, desacato e resistência.
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