Explosões de pagers no Líbano ferem embaixador do Irã, deixam 12 mortos e quase 3 mil feridos

Segundo o Ministério da Saúde, a maioria das vítimas da explosão ficou ferida no rosto, na mão, na barriga e nos olhos

Escrito por Diário do Nordeste/AFP ,
População observa ambulância levar feridos pela explosão de pagers no Líbano
Legenda: A explosão deixou quase 3 mil feridos no Líbano
Foto: Anwar AMRO/AFP

Doze pessoas morreram, sendo duas delas crianças, e quase 3 mil ficaram feridas nesta terça-feira (17), no Líbano, devido à explosão simultânea de dispositivos de mensagem "pager" pertencentes a membros do Hezbollah, de acordo com um novo relatório do Ministério da Saúde. Inicialmente, o número de óbitos divulgado foi de nove vítimas, mas o balaço foi atualizado nesta quarta-feira (18). 

Entre os mortos está o filho de um deputado do Hezbollah, Ali Ammar, disse à AFP uma fonte próxima ao movimento islamista. Anteriormente, a fonte havia dito que o filho de Hassan Fadlallah, outro legislador do Hezbollah, também tinha morrido, mas em seguida informou que ele não morreu, apesar de ter ficado ferido. 

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No leste do Líbano, uma menina de 10 anos morreu quando o 'pager' de seu pai explodiu, segundo sua família e outra fonte próxima à poderosa organização apoiada pelo Irã. O embaixador do Irã em Beirute, Mojtaba Amani, ficou ferido no incidente, informou a televisão estatal iraniana, acrescentando que o diplomata está fora de perigo.

Outras 14 pessoas ficaram feridas na Síria devido à explosão de 'pagers' utilizados pelo Hezbollah, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), uma organização com sede no Reino Unido.

O ministro da Saúde libanês, Firass Abiad, afirmou que a maioria das vítimas apresenta ferimentos "no rosto, nas mãos, no abdômen e até mesmo nos olhos".

Explosão de 'pagers'

Os 'pagers', pequenos dispositivos de mensagens e localização que não requerem um cartão SIM ou conexão com a Internet, explodiram simultaneamente em várias regiões libanesas onde o Hezbollah está estabelecido. Um balanço inicial do Ministério da Saúde havia informado anteriormente oito mortes e quase 2,7 mil feridos. 

Segundo o ministro da Saúde, Firass Abiad, a maioria das vítimas ficou ferida "no rosto, na mão, na barriga e até nos olhos". 

Na Síria, 14 membros do Hezbollah também ficaram feridos pelo mesmo motivo, afirmou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). 

O movimento islamista libanês afirmou ainda que "o inimigo israelense é totalmente responsável por esta agressão criminosa" e "receberá sem dúvida a sua punição justa".

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