Após novo aumento, gasolina passa dos R$ 8 na Bahia

Em pelo menos cinco postos em Salvador e Lauro de Freitas, a tabela da gasolina aditivada variava de R$ 8,09 a R$ 8,29

Escrito por Redação ,
Preço gasolina Bahia
Legenda: O estado é o primeiro no país a ser afetado, por ser abastecido pela primeira grande refinaria privatizada do país
Foto: Daniel Aragão

O consumidor da Bahia sente no bolso os impactos do aumento do preço dos combustíveis, decorrentes da guerra entre Rússia e Ucrânia. O estado é o primeiro no país a ser afetado, por ser abastecido pela primeira grande refinaria privatizada do país, a Refinaria de Mataripe, enquanto a Petrobras tenta segurar os preços da gasolina e do diesel.

Em pelo menos cinco postos em Salvador e Lauro de Freitas, a tabela da gasolina comum variava de R$ 7,89 a R$ 7,99, de acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo

Já a gasolina aditivada apresentava oscilação de R$ 8,09 a R$ 8,29. No último sábado (5) a refinaria reajustou seus preços para acompanhar a alta do petróleo, que é negociado nesta segunda (7) em valores próximos ao recorde estabelecido em 2008.

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Refinaria de Mataripe é a segunda maior do país. Em dezembro, foi transferida à Acelen, empresa do fundo árabe Mubadala que comprou o ativo da Petrobras por US$ 1,65 bilhão (R$ 8,3 bilhões pela cotação atual). 

Em comunicado, a empresa diz que "os preços dos produtos produzidos pela Refinaria de Mataripe seguem critérios de mercado que levam em consideração variáveis como custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais, dólar e frete".

Sobre o aumento expressivo nos últimos dez dias, a refinaria argumenta que "com o agravamento da crise gerada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, o preço internacional do barril de petróleo disparou, superando os US$ 115 por barril, o que gerou impacto direto nos custos de produção", continua.

Ainda segundo o jornal, neste ano, a Acelen já promoveu quatro reajustes nos preços da gasolina e do diesel, contra apenas um da Petrobras. O cenário vem sendo usado por sindicatos e oposição como argumento contra a venda de refinarias da estatal.

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