Isenção de imposto para compra de carro por taxistas é prorrogada por Bolsonaro

Medida também beneficia pessoas com deficiência e é válida até 2026

Escrito por Diário do Nordeste e Estadão Conteúdo ,
Legenda: Para o Governo, benefício deve aquecer a indústria automobilística.
Foto: Nah Jereissati

A isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de automóveis novos por taxistas, motoristas de aplicativo e pessoas com deficiência (PCD) foi prorrogada por cinco anos, após sanção do presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (31). Assim, o benefício é válido até dezembro de 2026. 

Além dos profissionais que utilizam os veículos, a Lei contempla pessoas com deficiência física, visual, mental e auditiva (esta última não prevista na lei anterior) e com transtorno do espectro autista

"A medida aquece a indústria automobilística e faz justiça com os taxistas e as pessoas com deficiência", disse Bolsonaro, em rede social.

O preço máximo do automóvel que poderá ser adquirido com isenção do IPI pela pessoa deficiente passa a ser de R$ 200 mil, incluídos os tributos incidentes, de acordo com o Governo Federal. Antes, o limite era de R$ 140 mil.

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Dispositivo vetado

Após recomendação do Ministério da Economia, Bolsonaro resolveu vetar um dispositivo que ampliava a isenção para incluir acessórios que não sejam de fábrica. O artigo aprovado pelo Congresso, em dezembro, permitia o benefício aos equipamentos, que são adaptados ao uso das PCDs. 

Para o Governo, a proposta ofenderia a constitucionalidade e o interesse público ao instituir benefício fiscal, com consequente renúncia de receita, sem estimativa de impacto financeiro e orçamentário, e desrespeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal. 

"Hoje, apenas os acessórios e opcionais que sejam de fábrica são beneficiados pela isenção. A medida permitia que fossem isentados, também, outros opcionais que não fossem de fábrica. Nesse caso, a ampliação foi vetada por não ter sido feito o cálculo do impacto econômico-financeiro, nem apresentadas medidas compensatórias", declarou a Secretaria-Geral da Presidência da República.

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