Afundamento de mina da Braskem em Maceió acelera nas últimas 24h e ultrapassa 2 metros
Conforme a Defesa Civil do município, a população não deve transitar na área desocupada
O afundamento da mina de nº 18 da Braskem, em Maceió, apresentou um movimento de 8,6 cm nas últimas 24 horas. Conforme boletim da Defesa Civil do município, publicado às 9h, deste sábado (9), o deslocamento vertical acumulado é de 2,16 m e a velocidade vertical é de 0,35 cm por hora.
O grau de alerta permanece na região do bairro Mutange, na capital alagoana. O órgão ainda recomenda que a população não transite na área desocupada até nova atualização da Pasta.
Medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo. Desde o fim de novembro, a região é monitorada após o aviso de colapso iminente na mina da Braskem.
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A instabilidade no solo de Maceió foi causada pela extração de sal-gema do subsolo e ocasionou o afundamento de cinco bairros.
Após a extração do minério, as minas ficaram cheias com um líquido químico que vazou, formando vários desabamentos. Os tremores seriam também relacionados à acomodação do solo, a partir dos deslocamentos no subsolo.
A Prefeitura de Maceió e a Baskem fecharam um acordo em julho deste ano, assegurando ao Município uma indenização de R$ 1,7 bilhão por conta do afundamento. O caso teve início em 2018, data do primeiro tremor ocorrido, e prejudicou mais de 60 mil moradores.
De acordo com o órgão, os recursos serão destinados à realização de obras estruturantes na cidade e à criação do Fundo de Amparo aos Moradores (FAM).