Uma semana depois, o que se sabe sobre a morte de advogado em Fortaleza
Família da vítima afirma que não sabe qual a linha investigativa adotada pela Polícia
A morte do advogado Francisco Di Angelis Duarte de Morais, de 41 anos, completa uma semana neste sábado (12). Desde a noite de 6 de maio de 2023, quando o homem foi assassinado a tiros no bairro Parquelândia, em Fortaleza, a família da vítima se pergunta quem cometeu o crime brutal e o que teria motivado a ação criminosa.
Até essa sexta-feira (12), não havia nomes de suspeitos pelo crime. "Estamos às cegas. A gente não sabe de nada, nem para qual lado correr. Algumas pessoas da família foram chamadas para depor e a Polícia diz que ainda está colhendo os depoimentos que entende ser necessário", disseram parentes do advogado, em entrevista ao Diário do Nordeste.
Com as identidades preservadas, os familiares falam que sequer sabem a linha de investigação adotada até o momento: "para nós, ele nunca se queixou de nenhum tipo de ameaça. Nosso irmão era um profissional discreto e nós respeitávamos isso".
INVESTIGAÇÃO
Por nota, a Polícia Civil do Ceará diz que a 6ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) mantém as investigações relacionadas ao homicídio. Dois homens que chegaram até a vítima, em uma motocicleta, são suspeitos pelo crime.
"As investigações estão em curso com o objetivo de elucidar o caso, identificar e capturar os suspeitos de praticarem o crime", conforme a Polícia.
Enquanto os parentes aguardam por respostas para o caso, nessa sexta-feira, eles se reuniram com os amigos na missa de 7º dia, realizada no bairro Dionísio Torres.
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O DIA DO CRIME
O advogado não tinha antecedentes criminais. Ele estava no próprio carro e foi abordado logo após desembarcar do automóvel, em frente a uma residência. Estava ao telefone com uma das irmãs quando aconteceram os disparos.
Francisco Di Angelis chegou a ser atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Uma equipe da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) foi acionada para coletar indícios que devem auxiliar nas investigações.
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A Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Ceará (OAB-CE) lamentou a morte do advogado e disse cobrar investigação com “responsabilização dos criminosos neste crime bárbaro”.
“A presidente em exercício e vice-presidente da Ordem cearense, Christiane Leitão, em nome da diretoria da seccional, esteve em contato com o Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Samuel Elânio, e colocou a Ordem cearense à disposição para contribuir com todo o necessário. Além disso, a OAB-CE está criando um Comitê para acompanhamento do caso”
Agora, a Polícia pede ainda que quem tiver informações para contribuir com as investigações entre em contato com o número (85) 3257-4807, do DHPP, que também é o WhatsApp do Departamento. As denúncias também podem ser encaminhadas para o telefone 181.