Mortes violentas reduzem 18% no Ceará em 2021

O dado foi divulgado nesta terça-feira (4) pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Sete chacinas foram registradas no Ceará em 2021

Escrito por Emanoela Campelo de Melo , emanoela.campelo@svm.com.br
chacina sapiranga
Legenda: A última chacina registrada no Ceará em 2021 aconteceu no bairro Sapiranga, na madrugada do Natal
Foto: Fabiane de Paula

O ano de 2021 terminou com uma redução de 18% no índice de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs) no Ceará. Conforme divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), no último ano morreram 3.299 pessoas em decorrência de crimes violentos. Já em 2020, foram 4.039 ocorrências registradas.

A Pasta afirma que este é o segundo melhor resultado nos últimos 10 anos. Para a SSPDS, os esforços das Forças de Segurança do Estado foram essenciais para o número cair. Segundo o secretário titular da Pasta, Sandro Caron, a baixa nos CVLIs “é fruto de um aumento nas ações ostensivas da Polícia Militar do Ceará (PMCE) e também nas investigações e prisões qualificadas realizadas pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE)”.

Mesmo com a redução, os dados indicam que em média nove pessoas foram vítimas de mortes violentas no Ceará a cada dia no ano passado. Em 2021, pelo menos sete chacinas foram registradas no Estado. A última aconteceu na madrugada do Natal e ficou conhecida como Chacina da Sapiranga.

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Ainda de acordo com levantamento divulgado pela Secretaria, em 2021 foram pouco mais de 30 mil capturas em flagrante e o número de operações saltou de 45 em 2020 para 200 em 2021. 


"Valorização dos profissionais de segurança, fortalecimento da inteligência, aquisições de novos equipamentos, interiorização do trabalho especializado e um investimento de cerca de R$ 250 milhões, só em 2021, pelo Governo do Ceará estão por trás desse balanço positivo"
SSPDS


PLANOS PARA 2022

O secretário espera que em 2022 o número de prisões seja ainda maior e que os índices de crimes violentos permaneçam em queda. Sandro Caron diz que as Polícias permanecem atentas à movimentação dos grupos armados e trabalham em prol da asfixia financeira das facções.

"A linha é continuar no viés de queda dos homicídios, dos crimes violentos contra o patrimônio, intensificar ações contra quem praticar crimes contra o Estado. Toda e qualquer estratégia que o crime organizado tente usar para se capitalizar vai ser investigada por nós", sustenta o gestor.

Dentre as promessas também estão adquirir equipamentos de Inteligência para a Polícia Civil, equipamentos para a Perícia Forense, implementar 17 novas bases do BPRaio em cidades do Interior (30 mil a 50 mil habitantes) com videomonitoramento, concurso para 3 mil soldados da Polícia Militar, concurso para 500 inspetores e escrivães da Polícia Civil, 170 integrantes para a Perícia Forense e a esperada mudança definitiva para o Centro Integrado de Segurança Pública.

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