Morte de jovem sem investigação
Escrito por
Redação
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Família de Danilo Pinheiro de Araújo busca explicações sobre o crime e cobra celeridade da Polícia no processo
Olhando para o foto de Danilo Pinheiro de Araújo, 20, arte-educador e jovem liderança comunitária do bairro Canindezinho, Alexsandro Pinheiro do Carmo, 31, não esconde a tristeza e a angústia pelo fim dos sonhos do irmão, desfeitos por sete tiros de pistola, disparados por bandidos armados, a bordo de um Gol preto, no dia 23 de novembro de 2009, na Rua Icapuí, no mesmo bairro.
"Um dos sonhos dele era construir um duplex aqui", diz Alexsandro, apontando para a casa fechada, onde o irmão caçula morava com a mãe. Enquanto acaricia o cachorro da família, que estranha a presença da reportagem, Alex fala com orgulho das conquistas de Danilo. "Ele era muito conhecido por aqui. Todo mundo gostava dele. Os projetos que ele desenvolvia com as crianças... De vez em quando ainda passa um por aqui e me entrega um desenho, em homenagem a ele".
Apesar da alegria pelo reconhecimento e importância que o irmão tinha na comunidade, a família afirma que, para a Polícia, o crime parece não ter nenhuma importância. "Parece que mataram foi um cachorro. Até agora, nem o laudo do IML saiu", diz Alexsandro, se referindo ao laudo cadavérico da Coordenadoria de Medicina Legal (Comel), da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce).
Passados mais de dois meses do crime, parentes de Danilo informaram que já foram mais de uma vez na sede da Pefoce. Lá, foram informados que o laudo será remetido para a delegacia da área, o 32º DP (Bom Jardim). "Eu já fui lá quatro vezes, perdi dias de trabalho, e nada. Um dia liguei e o escrivão me disse que o laudo havia chegado. Passei na delegacia e ele disse que não encontrou. Não sei mais a quem apelar", diz .
O crime
O verdadeiro alvo dos pistoleiros seria outro jovem, da mesma idade, acusado de participar de um assalto, no qual um policial militar foi baleado. Danilo seria o ´homem errado´ e Francisco Alex da Rocha, 20, o ´Alex Terror´, o verdadeiro alvo.
Os dois moravam no mesmo bairro e tinham características físicas semelhantes, o que teria confundido os matadores. Alguns minutos depois que Danilo foi morto, ´Alex Terror´ morreu em um tiroteio com a Polícia.
O caso começou a ser investigado no 32º DP, mas há cerca de um mês, o inquérito de nº 277, foi transferido para a Força-Tarefa da Polícia Civil. Os familiares de Danilo esperam que a sua morte seja devidamente investigada. "Meu irmão não era bandido, ele era arte-educador", diz orgulhoso Alexsandro.
Olhando para o foto de Danilo Pinheiro de Araújo, 20, arte-educador e jovem liderança comunitária do bairro Canindezinho, Alexsandro Pinheiro do Carmo, 31, não esconde a tristeza e a angústia pelo fim dos sonhos do irmão, desfeitos por sete tiros de pistola, disparados por bandidos armados, a bordo de um Gol preto, no dia 23 de novembro de 2009, na Rua Icapuí, no mesmo bairro.
"Um dos sonhos dele era construir um duplex aqui", diz Alexsandro, apontando para a casa fechada, onde o irmão caçula morava com a mãe. Enquanto acaricia o cachorro da família, que estranha a presença da reportagem, Alex fala com orgulho das conquistas de Danilo. "Ele era muito conhecido por aqui. Todo mundo gostava dele. Os projetos que ele desenvolvia com as crianças... De vez em quando ainda passa um por aqui e me entrega um desenho, em homenagem a ele".
Apesar da alegria pelo reconhecimento e importância que o irmão tinha na comunidade, a família afirma que, para a Polícia, o crime parece não ter nenhuma importância. "Parece que mataram foi um cachorro. Até agora, nem o laudo do IML saiu", diz Alexsandro, se referindo ao laudo cadavérico da Coordenadoria de Medicina Legal (Comel), da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce).
Passados mais de dois meses do crime, parentes de Danilo informaram que já foram mais de uma vez na sede da Pefoce. Lá, foram informados que o laudo será remetido para a delegacia da área, o 32º DP (Bom Jardim). "Eu já fui lá quatro vezes, perdi dias de trabalho, e nada. Um dia liguei e o escrivão me disse que o laudo havia chegado. Passei na delegacia e ele disse que não encontrou. Não sei mais a quem apelar", diz .
O crime
O verdadeiro alvo dos pistoleiros seria outro jovem, da mesma idade, acusado de participar de um assalto, no qual um policial militar foi baleado. Danilo seria o ´homem errado´ e Francisco Alex da Rocha, 20, o ´Alex Terror´, o verdadeiro alvo.
Os dois moravam no mesmo bairro e tinham características físicas semelhantes, o que teria confundido os matadores. Alguns minutos depois que Danilo foi morto, ´Alex Terror´ morreu em um tiroteio com a Polícia.
O caso começou a ser investigado no 32º DP, mas há cerca de um mês, o inquérito de nº 277, foi transferido para a Força-Tarefa da Polícia Civil. Os familiares de Danilo esperam que a sua morte seja devidamente investigada. "Meu irmão não era bandido, ele era arte-educador", diz orgulhoso Alexsandro.