Justiça determina que Polícia Civil conclua inquérito sobre latrocínio em shopping em 10 dias

Cinco suspeitos de participarem do assalto que terminou em morte, em Fortaleza, na última sexta-feira (20), já foram capturados

Escrito por Messias Borges , messias.borges@svm.com.br
Quatro suspeitos de participarem da ação foram presos no sábado (21)
Legenda: Quatro suspeitos de participarem da ação foram presos no sábado (21)
Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Ceará (PCCE) tem até a próxima terça-feira (31) para concluir o Inquérito sobre o latrocínio que vitimou a vendedora Caroline Alves da Rocha, em um shopping de Fortaleza, ocorrido na última sexta (20). O prazo de 10 dias, a partir das prisões em flagrante (último dia 21), foi determinado pela Justiça Estadual nesta quarta-feira (25).

O juiz Francisco das Chagas Gomes, da 16ª Vara Criminal de Fortaleza, considerou o artigo 10 do Código de Processo Penal (CPP), que diz que "o inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela".

Cinco suspeitos de participarem do assalto que terminou em morte já foram capturados. André Luiz dos Santos Nogueira, Antônio Duarte Araújo Enéas, Douglas da Silva Dias e Lúcio Mauro Rodrigues Ferreira foram presos em flagrante em menos de 24 após o crime, em pontos distintos de Fortaleza e Caucaia. Já Antônio Jardeson Lima de Moura se apresentou à Polícia na última terça-feira (24), acompanhado do advogado, e ficou preso, segundo a Polícia Civil.

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O despacho realizado pelo magistrado garante ainda que "decorrido o prazo acima sem a conclusão do inquérito policial pela autoridade competente, abra-se vista dos autos ao Ministério Público para análise sobre possível oferecimento da denúncia, no prazo de cinco dias".

Cumpra-se, com urgência, o despacho acima, independente de qualquer manifestação posterior nos autos. Somente após o cumprimento do que foi determinado, voltem os autos conclusos para apreciação de qualquer manifestação, se for o caso.
Francisco das Chagas Gomes
Juiz da 16ª Vara Criminal de Fortaleza

Cinco homens presos e uma mulher foragida

As investigações da Polícia Civil sobre o latrocínio no Shopping Iguatemi, em Fortaleza, na noite da última sexta-feira (20), identificaram a participação de ao menos seis pessoas no crime que vitimou a gerente da loja Tânia Jóias, Caroline Alves da Rocha, de 36 anos. Uma mulher, identificada apenas como 'Mariná', segue foragida.

Quatro suspeitos foram presos em menos de 24 horas. Lúcio Mauro, o 'Véi' ou 'Pai', 48, é apontado como o líder do grupo criminoso e principal planejador do assalto a joalheria que terminou em morte. Ele chegou a visitar o shopping na semana do crime para planejar a ação criminosa.

Douglas da Silva, na posse de uma arma de fogo, e Antônio Jardeson entraram na loja e anunciaram o assalto. Douglas tinha um ponto eletrônico que ficava em comunicação com André Luiz. Lúcio Mauro e Antônio Duarte deram fuga aos comparsas, segundo as investigações.

Os suspeitos foram presos em localidades diferentes de Fortaleza e Caucaia. O Ministério Público do Ceará (MPCE) pediu pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, o que foi deferido pelo juiz plantonista.

Procurado e com o nome divulgado publicamente, Antônio Jardeson, o 'Bea', preferiu se apresentar à sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Capital, na tarde da última terça-feira (24), na companhia do advogado. E permaneceu preso, segundo informação confirmada pela assessoria de comunicação da Polícia Civil.

A defesa de Jardeson, representada pelo advogado Márcio Borges de Araújo, afirmou que o cliente não estava armado no assalto e teria a participação de recolher as joias que seriam roubadas da joalheria. Ao ouvir os tiros, ele teria fugido.

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