Familiares do gerente vítima de sequestro em Fortaleza receberam ligações do bando exigindo Pix
A Polícia conseguiu rastrear quem recebeu o dinheiro e chegou ao nome do primeiro suspeito identificado
Familiares do gerente de uma agência bancária sequestrado em Fortaleza na última sexta-feira (4) chegaram a receber ligações dos criminosos, que exigiam transferências via Pix, em troca da liberdade da vítima.
A reportagem apurou por meio de documentos que os sequestradores ligaram para diversos parentes pedindo de R$ 500 a R$ 1 mil, limite de valor durante a noite.
Uma irmã da vítima chegou a transferir R$ 500. A Polícia conseguiu rastrear o dinheiro, enviado para a conta de Anderson Vinícius Silva de Medeiros. Os agentes foram até o endereço do suspeito e lá ele confirmou o recebimento do montante.
Veja ação criminosa:
Gerente de banco é sequestrado por criminosos no Bairro de Fátima e localizado pela Polícia https://t.co/PNNecDGo4C pic.twitter.com/yOfGbVxmEI
— Diário do Nordeste (@diarioonline) March 5, 2022
Anderson teria dito aos investigadores não saber que o dinheiro era proveniente de um sequestro e que parte do valor recebido já tinha sido transferido para Caio César Evangelista Oliveira. A dupla e mais cinco suspeitos foram detidos por participarem do crime.
Ao receberem ligações exigindo transferências bancárias, a família da vítima não tinha provas que o gerente estava vivo
ENVOLVIDOS NO CRIME
Também foram identificados por participarem do sequestro: Matheus Batista de Oliveira, de 18 anos, e queria o mentor do crime; e Rafael Martins Lima. De acordo com a Polícia Civil, o grupo efetuou um tiro na perna do gerente de banco durante o sequestro.
A vítima foi levada a um caixa eletrônico em um supermercado, no bairro de Fátima, por volta de 9h do último sábado. Durante a ação, policiais se aproximaram dos criminosos e o gerente pulou do carro do grupo, sendo salvo pela Polícia.
Nesta segunda-feira (7), a Polícia Civil informou que os suspeitos foram autuados por extorsão mediante restrição da liberdade, associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo e receptação. Um inquérito policial foi instaurado para apurar o crime, bem como a participação do grupo em outras ações.