Após quatro anos, acusados de chacina na Cadeia Pública de Itapajé vão a julgamento

Os réus serão julgados pela prática de delito por motivo torpe, cruel e com meio que impossibilitou a defesa das vítimas

Escrito por Redação ,
Acusados de chacina na Cadeia Pública de Itapajé vão a julgamento
Legenda: Na época, policiais militares realizaram intervenção dentro da unidade para que mais pessoas não fossem assassinadas
Foto: Cid Barbosa

Após quatro anos da chacina na Cadeia Pública de Itapajé, os acusados de participarem do crime irão a julgamento nos próximos dias 18, 19 e 20 de abril, de acordo com o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). O crime aconteceu no dia 29 de janeiro de 2018 e deixou 10 detentos mortos.

O caso ficou nacionalmente conhecido como “Chacina da Cadeia Pública de Itapajé”. Pela prática dos homicídios, serão levados a julgamento pelo Tribunal do Júri da Comarca de Itapajé os réus Artur Vaz Pereira, Francisco das Chagas Sousa, Antônio Jonatan de Sousa Rodrigues, Willian Alves do Nascimento, Francisco Idson Lima de Sales, Alex Pinto Oliveira Rodrigues e Murilo Borges de Araújo.

Segundo a decisão da Justiça, eles serão julgados pela prática de delito por motivo torpe, cruel e com meio que impossibilitou a defesa das 10 vítimas.  

No julgamento, o MPCE será representado pelos promotores de Justiça Christiane Valéria Carneiro de Oliveira e Luís Bezerra Lima Neto.

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Relembre o caso

Em 2018, Itapajé registrou uma das maiores matanças ocorridas no município. Em poucos minutos, 10 pessoas foram assassinadas em um mesmo prédio. Todas as vítimas estavam detidas na Cadeia Pública de Itapajé, cidade a aproximadamente 130 km de Fortaleza.

Poucos dias depois, a Polícia Civil divulgou que o crime foi motivado por desavenças internas acentuadas devido à superlotação no equipamento.

O inquérito policial foi concluído pela Delegacia Municipal de Itapajé e remetido à Justiça. O bando foi denunciado pelo MPCE por homicídio qualificado.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), eles tinham antecedentes por diversos crimes, dentre eles contravenção penal, roubo, porte ilegal de arma de fogo, corrupção de menor, furto, tentativa de homicídio e homicídio.

Conflito

A briga aconteceu durante o banho de sol dos internos. Apenas um agente penitenciário atuava na unidade no momento dos assassinatos.

Os mortos foram identificados como Alex Alan de Sousa Silva, Caio Mendes Mesquita, William Aguiar da Silva, Francisco Davi de Sousa Mesquita, Francisco Emanuel de Sousa Araújo, Francisco Helder Miranda, Francisco Mateus da Costa, Manuel da Silva Viana, Carlos Bruno Lopes Silva e Francisco Elenilson de Sousa Braga. Outros internos ficaram feridos.

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