Acusado pelo latrocínio de subtenente no réveillon em Fortaleza alega insanidade mental

A defesa de Andres Matheus Moraes Jansen pede perícia para apurar a condição mental do acusado.

Escrito por Emanoela Campelo de Melo , emanoela.campelo@svm.com.br
subtenente  exercito morto
Legenda: A vítima foi assassinada na frente da família, no dia 31 de dezembro de 2022
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O processo contra um dos acusados do latrocínio do subtenente do Exército Brasileiro Davi Linhares dos Santos pode ser suspenso temporariamente e o réu absolvido. A defesa de Andres Matheus Moraes Jansen alegou insanidade mental do réu, indicando que ele sofre de ansiedade e depressão e deve ser inimputável na esfera penal (isento da pena).

A decisão de instaurar ou não o incidente de insanidade mental está para apreciação do Judiciário. Até então, Andres e Cauã Gomes Moreira são réus pelo roubo seguido de morte que vitimou o subtenente, na noite de 31 de dezembro de 2022, às vésperas do Réveillon, no Centro de Fortaleza.

A defesa de Andres pede perícia para apurar a condição mental do acusado. A reportagem apurou que constam nos autos documentos anexados de um prontuário médico aberto ainda em 2022 que supostamente indica que o acusado vinha recebendo atendimento psiquiátrico e sob uso de medicação. controlada.

"Para que fique constatado se ao tempo da ação o denunciado possuía ou não capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com tal entendimento, deve ser feita perícia especializada.Portanto, fundada em séria dúvida sobre a insanidade mental do acusado, é necessária a instauração do referido incidente"
Defesa de Andres Matheus

O QUE DIZ A ACUSAÇÃO

No último dia 18 de janeiro, o Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou a dupla. Assinada pelo promotor de Justiça Marcus Amorim, a acusação conta que o subtenente caminhava à Praia de Iracema com a família quando todos foram abordados pelos dois acusados, que estavam em uma motocicleta.

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Andrés Matheus, de acordo com o MPCE, desceu do veículo e atacou o grupo. Já Cauã, ainda conforme o Ministério, supôs que Davi reagiu ao assalto, sacou uma arma de fogo e confrontou o militar. Em seguida, ambos entraram em um embate corporal, com envolvimento direto de dois filhos de Davi e de uma terceira testemunha que passava pelo local.

Na luta, Davi foi atingido por quatro disparos efetuados por Cauã, sendo dois no tórax, o que causou a perfuração de um dos pulmões do militar e provocou a morte dele. Uma das filhas também foi atingida na altura da coxa, mas conseguiu ser socorrida por familiares e encaminhada para um hospital próximo.

Além disso, a arma de Davi foi levada pelos acusados.

PRISÕES

Andrés Matheus fugiu a pé do local do crime e passou alguns dias escondido até ser preso pela Polícia Civil. Cauã, por sua vez, conseguiu fugir na motocicleta. No entanto, ainda segundo o Ministério Público, naquela mesma noite, o acusado buscou a namorada para acompanhá-la na mesma festa de Réveillon que Davi ia, na Praia de Iracema.

Cauã foi preso em flagrante algumas horas depois. Ele havia acabado de completar 18 anos de idade e era foragido da Justiça. A dupla é acusada, ainda, de oito roubos majorados tentados. Ambos seguem presos.

 

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