Forró vence preconceito social

Escrito por Redação ,
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Foto: Antônio Vicelmo
A música nordestina de Luiz Gonzaga sofreu preconceito no início. O diretor artístico da Rádio Nacional não o deixava sequer usar o chapéu de couro e a roupa de cangaceiro que fariam parte de seu visual durante toda a carreira no futuro. Porém, mais ou menos como vem acontecendo hoje em São Paulo e em outros centros, o forró foi conquistando o grande público, deixando de ser só uma música para saudosos migrantes nordestinos ou pessoas de classe social inferior. E o modo poético como Gonzagão cantava sua vivência dura de sertanejo, as tristezas e - por que não? - as doçuras da vida nordestina tão esquecida pelo resto do Brasil, foi entrando devagarzinho no coração de todo o país que, na época, encantava-se mais com os musicais vindos de Hollywood.

Quase sessenta anos depois, com a nova onda do forró, nada mais justo que a música do Velho Lua, morto há 15 anos, ser presença obrigatória nas casas noturnas de todo o país. E admirada e tocada por tantos adolescentes.