Agência alemã investiu R$ 55 mi no NE

Nos últimos três anos, a GTZ investiu 15 milhões de euros (cerca de R$ 55 milhões) em cooperação técnica no Nordeste brasileiro, com foco no combate à pobreza. Há 40 anos, a agência apóia projetos brasileiros de desenvolvimento com o objetivo de reduzir as disparidades sociais e contribuir para a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. A Alemanha se destaca como parceiro de países em três continentes. Sendo sua Capital, Bonn, a sede da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD).

As ações da GTZ na Ásia, África e América Latina foram questões da palestra de Philipp Buss, um dos coordenadores da entidade. “A Agência apóia mais de 180 projetos em países afetados pela desertificação em todo o globo, como Líbano, Marrocos, Mali, Argentina, Senegal e Mauritânia”, diz ele. De acordo com a GTZ, a desertificação é conseqüência de um modelo de desenvolvimento que privilegia fatores econômicos em detrimento da manutenção da capacidade produtiva dos ambientes.

“Atualmente são executados no Brasil quatro programas: Desenvolvimento Regional Sustentável; Gestão Ambiental, Urbana e Industrial; Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil; e o de Desenvolvimento Local Sustentável. No Ceará, destacamos projetos na agricultura familiar e pesca artesanal”, afirma.

A GTZ está representada em Brasília com escritório próprio, dotado de 14 funcionários. Somente entre 2003 e 2004, o Ministério Federal Alemão para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ) disponibilizou um total de 12,2 milhões de euros para a execução de projetos e programas no Brasil.

“A conservação e o uso sustentável dos recursos naturais são pontos prioritários na implementação dos preceitos da UNCCD. Entendemos que é preciso a integração de todos os organismos envolvidos nos PANs dos países da América Latina e Caribe, com aportes e apoio técnico de parceiros internacionais, cooperação bilateral no desenvolvimento dessas ações”, ressalta Buss, acrescentando que a GTZ tem entre suas ações, diversificadas nos programas, a implementação de corredores ecológicos na Amazônia e na Mata Atlântica.