Protesto e confusão marcam votação da reforma da Previdência estadual na Assembleia
Uma professora sofreu um corte na testa durante o tumulto. Votação tem sido alvo de protestos dos servidores estaduais
Protesto e confusão entre manifestantes e policiais marcaram o início da votação da reforma da Previdência estadual na manhã desta quinta-feira (19) na Assembleia Legislativa do Ceará. Uma professora foi atingida por uma grade, que estava sendo removida por um outro manifestante, e sofreu um corte na testa durante o tumulto. Uma outra professora sofreu ferimentos na perna com a explosão de uma bomba de efeito moral. Todos os parlamentares participam da votação da reforma.
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A proposta, enviada pelo governador Camilo Santana, tem sido alvo de protestos dos servidores estaduais, que não tiveram acesso às dependências da Assembleia Legislativa. Os manifestantes tentaram forçar a entrada e houve confusão.
Mesmo sob uma forte chuva, servidores se concentraram do lado de fora da Assembleia Legislativa. Houve conflito com policiais do Batalhão de Choque, que atiraram bombas de efeito moral contra os manifestantes. Durante a confusão, algumas pessoas se feriram.
Por volta das 11h, a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) informou que, devido às manifestações, a Avenida Desembargador Moreira foi bloqueada nos dois sentidos, no trecho entre a Avenida Pontes Vieira e a Rua Marcondes Pereira.
"Nós trabalhamos e queremos nossos direitos. Damos nossas vidas para o governo funcionar e não é justo sermos tratados dessa forma. A bomba explodiu no meu pé, mas isso não vai nos intimidar", conta Rosângela Pimenta, professora da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA).
Segundo o presidente da Casa, José Sarto (PDT), a iniciativa de proibir a entrada de servidores estaduais e líderes sindicais nas galerias da Assembleia foi feita para “garantir a segurança de deputados e deputadas, dos servidores da Casa e, principalmente, dos manifestantes”. Parlamentares criticaram a proibição.