Oposição defende CPI do Acquario

Escrito por Redação ,
Legenda: Deputado Audic Mota diz que a obra tem muitos questionamentos de setores da sociedade
Foto: FOTO: JOSÉ LEOMAR

Em meio a paralisação de obras e denúncias de possíveis irregularidades na condução dos trabalhos do Acquário Ceará, o líder do PMDB na Assembleia Legislativa, o deputado Audic Mota, está sondando criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as intervenções no equipamento. A base governista já disse ser contra a proposta, uma vez que, na opinião do vice-líder do Governo, Júlio César Filho (PTN), o interesse da oposição é "politizar" o debate.

Caso o peemedebista leve a ideia à frente, precisará de 12 assinaturas para que ela inicie a sua tramitação, além de um fato que justifique a instalação. Essa, caso seja instalada, será a primeira CPI da nova Legislatura. "Tivemos questionamentos sociais e da importância da obra. Estamos vivendo um período de seca e os investimentos nessa obra são pesados", reforça.

Segundo ele, o secretario de Turismo Arialdo Pinho era chefe da Casa Civil no Governo Cid Gomes e conhecia todos os trâmites das secretarias. "Agora ele baixa ato determinando suspensão de pagamentos? Tem algo estranho nisso. Por que não foi feito antes?", questionou.

Politizar

Vice-líder do Governo, Júlio César Filho (PTN) disse que o está querendo "politizar" o debate, já que o Ministério Público está analisando se vai desarquivar investigações sobre a obra. "A oposição está querendo tencionar. Esse não deveria ser o objetivo do início de Governo. Temos que abrir diálogo e procurar ajudar o Governo a sanar dificuldades do Estado", defendeu.

O primeiro secretário da Casa, Sérgio Aguiar (PROS), disse que o momento é inoportuno para a instalação de CPI, justificando que houve suspensão de 60 dias para auditoria na parte de equipamentos feitos pela construtora ICM. O que cabe à construção civil, alega, continua em execução, pois há pagamento normal das obras.

Na bancada petista, o deputado Moisés Brás se diz contra a proposta de Audic Mota, mas Elmano Freitas é favorável à investigação. "Me parece que temos indícios para uma CPI e nós devemos estar abertos a todo tipo de investigação. Há fatos suficientes para a instalação de uma CPI, o que torna o momento diferente de outros casos", destaca.

Renato Roseno (PSOL) sinalizar apoiar a CPI, já que o próprio Ministério Público apontou que "há indícios fortes de fraudes". Heitor Férrer informa que a CPI "é um monstro para o Executivo", destacando que o Estado está "inadimplente" com seus pagamentos e, portanto, é necessária investigação sobre o caso.