Vai a 8 total de prefeitos presos pela PF no Maranhão

Escrito por Agência Estado ,
Com mais duas detenções, chegou a oito o número de prefeitos do interior do Maranhão, além de outras setenta e três pessoas, que foram presos nesta sexta na operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) em dois municípios do Piauí e 14 do Maranhão. Só no Maranhão foram expedidos 111 mandados de prisão e 122 de busca e apreensão. A operação, batizada de Rapina, desbaratou um esquema de corrupção de desvio de verbas federais destinadas a projetos dos municípios.

Foram presos os prefeitos de Axixá, Sônia Campos (DEM); Araioses José Cardoso do Nascimento (PSC); Nina Rodrigues, Iara Quaresma (PDT); Governador Newton Bello, Francimar Marcolino da Silva (PMDB); São Luiz Gonzaga, Luís Gonzaga Fortes (PT do B); Paulo Ramos, João Noronha (PMDB); Tuntum, Cleomar Tema Cunha (DEM), que também é presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem). Na fazenda do prefeito de Governador Newton Bello, por exemplo, foram apreendidos também carros, motos e armas sem registro.

Estão foragidos ainda os prefeitos de Urbano Santos, Aldir Santana Neves (PV), e de Tufilândia, Marinalva Madeiro Neponucena Sobrinho (PTB). As prisões são temporárias por um período de cinco dias, tempo em que as pessoas detidas serão levadas à sede da Polícia Federal no Piauí para prestar depoimento. Entretanto, para os acusados que não forem localizados, ela se transformará em preventiva, o que, além de afastar o prefeito por mais tempo do que o previsto pela PF, poderá resultar até na cassação do mandato

Também fazem parte da lista de presos temporariamente alojados no auditório do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) empresários, contadores, secretários municipais, membros de comissões de licitação, ex-gestores e parentes dos acusados. Foram detidos também três técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Segundo a PF, eles emitiam relatórios favoráveis à aprovação da prestação de contas desses municípios. Desde que as investigações começaram, em janeiro do ano passado, as estimativas da Controladoria Geral da União são de que o grupo tenha desviado R$ 31 milhões em repasses federais, com fraudes na Previdência Social, irregularidades em licitações e em prestações de contas dos municípios
Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.