Fortaleza registra manifestação e carreata contra Bolsonaro neste sábado
Mobilização faz parte de manifestações nacionais que denunciam a postura do presidente na pandemia
Manifestantes contrários a Jair Bolsonaro foram às ruas neste sábado (29) em Fortaleza para protestar contra a atuação do presidente no combate à pandemia. O ato que começou na Praça da Gentilândia e carreata realizada nas imediações do Castelão ocorreram de forma simultânea.
Segundo o Diário do Nordeste apurou com a organização no local, o ato foi liderado por frentes da esquerda, movimentos sociais e centrais sindicais.
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A manifestação será encerrada no fim da tarde deste sábado na Igreja de Fátima com um ato ecumênico com minuto de silêncio em homenagem às vítimas da Covid-19.
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Cartazes pediam mais vacinas e estampavam "Fora Bolsonaro". Já nas imediações da Arena Castelão uma carreata com buzinaços e cartazes foi promovida contra o presidente.
Uso de máscaras
Ari Areia, do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), um dos organizadores do protesto, pontuou que foram tomados cuidados com o distanciamento social no ato. Álcool em gel e máscaras eram distribuídos aos manifestantes.
Presença de idosos
A professora aposentada da Universidade Federal do Ceará Marília Brandão, 71, e a aposentada da Secretaria de Planejamento do Ceará Lígia Luna, 69, alcançaram a manifestação no bairro de Fátima na tarde deste sábado.
"A gente se sente na obrigação de participar disso. É um dever", explicaram as idosas.
Marília, que perdeu um irmão para a Covid comenta que deseja "a volta da democracia para o Brasil". "É fora Bolsonaro. Nós precisamos de vacina para todos. Perdemos irmãos e pessoas próximas", conta.
Marca de 450 mil mortes no Brasil
O médico Leandro Araújo, 38, compareceu ao protesto e relatou a importância de denunciar "que existe uma causa para as mais de 450 mil mortes" por Covid-19 no Brasil. Ele trabalha na linha de frente da rede pública desde o ano passado.
"Existe uma situação sanitária causada pelo presidente da República, que nega a ciência. Ele negou a compra de vacinas e consequentemente levou a tudo isso. A indignação se dá hoje nas ruas, de forma segura, com distanciamento social, álcool em gel e máscara PFF2", afirma.
Leandro comenta ainda sobre o desejo de mais vacinas para população, auxílio emergencial e o impeachment de Jair Bolsonaro, "esse presidente que realmente não representa o povo brasileiro".
Interior
Em Iguatu, região Centro-Sul do Ceará, um protesto foi organizado por centrais sindicais na manhã deste sábado (29). Faixas estampando "luto por 400 mil mortos" e "Escola sem vacina é chacina" foram hasteadas por manifestantes.
O grupo se reuniu em frente ao campus Iguatu da Universidade Regional do Cariri (Urca).
Juazeiro do Norte teve manifestação no Centro também na manhã deste sábado. Manifestantes pautaram o número de mortes por Covid no País e cobraram uma maior rapidez na imunização marchando pelas ruas da cidade. Em fotos divulgadas pela organização é possível ver que a Polícia Militar acompanhou o movimento.