Bolsonaro critica 'pressa da vacina' e diz haver interesse no recurso

O presidente concedeu entrevista ao filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, e disse que existem políticos interessados nos R$ 20 bilhões previstos para comprar as vacinas para o Brasil, mas não deu detalhes

Escrito por Redação ,

O presidente Jair Bolsonaro criticou neste sábado (19) "a pressa da vacina" e afirmou que "ela não se justifica". Segundo ele, existiram políticos interessados nos recursos que devem ser usados para a compra das vacinas, o que motivaria a corrida pelo imunizante. O presidente acrescentou que há uma "apreensão injustificada sobre a doença". A entrevista foi concedida pelo presidente ao filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro.

Após episódios de embate com governadores a respeito da vacinação, ele garante que "não há guerra ou politização da minha parte. A gente espera uma vacina segura", ressaltou.

Veja também

Bolsonaro voltou a ressaltar que qualquer vacina, para ser autorizada no País, precisará passar pelo aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "Lógico, tendo uma vacina comprovada, a gente vai comprar e vai distribuir para todo o Brasil e aquele que quiser voluntariamente se vacinar, poderá fazer", disse o presidente.

Contudo, para ele, "a pressa da vacina não se justifica". O crescimento dos casos no País seria apenas um "repique", afirmou, sem falar sobre dados científicos. O Brasil soma mais de 7,2 milhões de casos de Covid-19 desde o início da pandemia, em março.

Sem dar detalhes nem citar nomes, Bolsonaro disse que essa pressa existe pelo "interesses" nos R$ 20 bilhões previstos para comprar as vacinas. "Tem muita coisa ainda que está em segredo. Não quero externar aqui. Mas o interesse é muito grande nesses R$ 20 bilhões para comprar essa vacina", garantiu o presidente Bolsonaro.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que "a pressa da vacina não se justifica" e disse que há interesses no dinheiro destinado à compra das doses

Gabinete do Ódio

O presidente Bolsonaro afirmou que não há provas da atuação do chamado "gabinete do ódio". Ações supostamente feitas pelo grupo são investigadas pelo STF.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.
Assuntos Relacionados