Alcolumbre sofre cobranças por mais firmeza com outros Poderes

O presidente do Senado diz que é "chance zero" ele ir para um enfrentamento com Rodrigo Maia (DEM-RJ)

Escrito por Redação ,

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), vem sendo pressionado por seus pares a adotar uma posição mais firme com outros Poderes e a Câmara. Senadores se revezaram na tribuna nos últimos dias cobrando que Davi não aceitasse que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), enviasse medidas provisórias com prazo apertado para apreciação pela Casa.

Eles criticam também o que consideram posicionamento governista de Davi e pedem que ele desengavete a CPI da Lava Toga, que tem o propósito de investigar magistrados. A pressão começou a ficar mais evidente na semana retrasada, depois que o presidente Jair Bolsonaro compartilhou mensagem em que dizia que o grande problema do País é a política.

"Atravesse a rua. Sente na frente deste presidente da República e diga que o que o senhor está presidindo é o Congresso Nacional. Este Congresso precisa de paz para trabalhar", afirmou a senadora Rose de Freitas (Podemos-ES) em 21 de maio.

Na última semana, durante a sessão da MP da reforma administrativa, senadores protestaram contra o comportamento da Câmara, que mandou a proposta com curto prazo para apreciação dos senadores. Davi e Maia fizeram acordo de a Câmara votar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera prazos de tramitação das medidas provisórias. Pelo texto, ficam 90 dias para a Câmara e 30 para o Senado. A proposta, que já passou pelo Senado, deve ser votada na Câmara ainda nesta semana.

O presidente do Senado diz que é "chance zero" ele ir para um enfrentamento com Maia, mas decidiu fazer um aceno aos seus pares e deixou a MP do Código Florestal caducar, após ter sido votada na Câmara. Davi fez um acordo com líderes partidários para que sejam votadas outras duas medidas provisórias.

Para hoje (3), ele convocou sessão para votar o texto que trata de fraudes previdenciárias e o que amplia prazo de gratificação paga a servidores cedidos à AGU (Advocacia-Geral da União).

O Senado deve votar, nesta segunda-feira (03) sob pressão do Palácio do Planalto, a MP do pente-fino no INSS, prestes a caducar. Senadores, porém, cobram de Davi Alcolumbre uma posição mais firme com outros Poderes

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