Palavras foram caladas pra não transbordarem as nossas revoluções
A calçada permanece, trocou de inquilino porque virou patrimônio de gente
Ganhamos tempo, mas não escolhemos datas
Já não sei onde estou porque também decidi não mais demarcar espaços. Aonde eu for, esse será meu pouso...
Há quase seis meses temos cumprido uma lenta travessia: o amor e a dor do tempo
Se hoje vocês vivem a espera pela essência do aprendizado tudo o mais faz sentido
Ainda de longe, falam da pandemia com a paciência, a fortaleza e a resiliência de quem já viveu muito
Os versos estacionaram no meu coração e eu aproveitei o semáforo vermelho para fechar os olhos por alguns segundos
Respirava como quem dança a música da nossa existência: o sopro do vento em mim
Descobrir a cura na copa das árvores de um quintal, no banho de mar, no sorriso de criança, na pele enrugada é a certeza de que tudo posso
Em meio à quarentena que já ultrapassou os 40 dias, os sentimentos não são leves, então, meu coração cria asas.
Por causa do coronavírus, soltamos as nossas mãos e vivemos um verdadeiro paradoxo
Estamos em tempo de espera. Mas a reclusão não precisa ser só de solidão e saudades
Hoje, Dia da Saudade, falar, escrever, lembrar é aceitar que temos saudade, somos a saudade de alguém e que tanto mais faz sentido porque deixamos legados, marcas nas histórias da vida
Nesse meados de janeiro, quase todo mundo tem por perto uma criança que voltou às aulas ou se prepara pra iniciar essa trajetória quase sem fim que é cruzar os portões da escola