White Label no mercado financeiro: tendência ganha tração no Brasil

Escrito por Maxim Wengert ,

O ecossistema financeiro tem ganhado novas dinâmicas nos últimos anos, com o surgimento de ativos e entrada de investidores e playersAssim, a tecnologia se torna um elemento vital para promover vantagem competitiva. Mas há um desafio: como desenvolver soluções realmente diferenciadas com agilidade? Produtos e serviços sob o modelo White Label são respostas que unem escala, eficiência e qualidade.

White label é um modelo de negócios em que uma empresa disponibiliza seus produtos e serviços para um terceiro, de modo que esse ofereça-os aos seus clientes sob sua própria marca. Dentre as vantagens, a rapidez na implementação, a customização e a possibilidade de usar a marca fazem com que empresas tenham investido nesse tipo de solução. No cenário internacional de investimentos, a oferta de serviços financeiros por meio de white label está em franca expansão.. E, aqui no Brasil, alguns players também estão se movimentando nesse sentido, buscando parceiros que possam auxiliar na transformação digital.

Nesse contexto de investimentos, as chamadas fintechs e wealthtechs – que são ligadas ao mercado de investimentos e gestão de ativos - têm ganhado cada vez mais projeção. Elas geralmente usam recursos como UX (user experience), machine learning e inteligência artificial como forma de entregar novos serviços customizados a terceiros.

As principais vantagens deste modelo de negócios são agilidade e eficiência na implementação de novas tecnologias. Isso porque desenvolver uma solução requer um investimento de recursos variados: dinheiro, tempo e domínio técnico, e isso pressiona o time to market das empresas, que está mais curto

Dessa forma, utilizar parceiros que já tenham soluções desenvolvidas é uma maneira de escalar o negócio. A empresa contratante, além de usar sua marca, ainda pode customizar o produto conforme a sua necessidade, sem precisar desenvolver skills técnicos

Através de soluções White Label, players como bancos, corretoras, distribuidoras e fintechs se beneficiam de recursos que seus parceiros possuem, como inteligência artificial, cruzamento de bases, geração de insights, além do e do próprio know-how do setor.

Maxim Wengert é economista