Telemedicina além da pandemia

Escrito por Luiz Messina ,

Em nosso País a telemedicina tem andado bem lentamente rumo ao desenvolvimento. Levamos 16 árduos anos para conseguirmos uma regulamentação que tão logo foi derrubada, no ano passado, pelo medo do desconhecido e do novo (nem tão novo assim). Hoje, falta para a telemedicina não mais a atenção mas sim a profissionalização na área.

Se pensarmos no quanto poderíamos ter avançado neste período, entendo que perdemos um precioso tempo de dedicação e desenvolvimento. Hoje nos faltam profissionais capacitados e tecnologias qualificadas para lidar com tal segmento. Além do mais, o que falta é uma visão maior para entender seus pormenores. Compreender que ela é o futuro, mas também é o presente.

Apesar de ser uma medida provisória, vejo com bastante atenção essa liberação da telemedicina e é a chance de capacitarmos os profissionais da saúde, mas também de propormos a inserção da Telemedicina, Telessaúde e Saúde Digital no currículo dos universitári@s da saúde; assim como o reconhecimento da área de pesquisa pelos órgãos competentes. Talvez, esse seja o momento tão esperado para unirmos forças entre os excelentes médicos, profissionais da saúde e da tecnologia da informação, para criarmos um panorama de avanço para um novo cenário em nosso sistema de saúde, seja ele público ou privado.

Temos em nossas mãos a chance de inserir a telemedicina de vez no nosso dia a dia e criarmos novos procedimentos para aliviar as tensões e salvar vidas, com segurança e integridade das informações, acessos seguros e responsabilidade ética assegurando a participação do profissional da saúde e do paciente. Os cirurgiões e profissionais da saúde brasileiros são extremamente respeitados internacionalmente. A Telemedicina se estabelece também como uma grande janela de demonstração em tempo real do conhecimento, habilidade e perícia, fundamentais à promoção integral da saúde.

Luiz Messina

Coordenador nacional da Rede Universitária de Telemedicina