Papai Noel e o Vovô Índio

Escrito por Geraldo Duarte - Advogado, administrador e dicionarista ,

Não sabida e muito buscada a origem de Papai Noel. Diversas pesquisas a indicam, genericamente, no folclore europeu. 

Para a Igreja Católica, teve início com o arcebispo turco Nicolau de Mira, do século IV, nomeado santo na Idade Média. Grécia em 1798? Ou 1823, na poesia “A Visit from St. Nicholas”, conhecida como “A Véspera de Natal” (“The Night Before Christmas”), de Clement Clarck Moore (1779 - 1863) que, em sua descrição poética, inspirou todos os ilustradores no século XIX?

Também, poderia ter-se principiado em 1848, na Suíça, ou 1851, na Suécia, segundo alguns escritores.

Há quem cite haver Thomas H. Nast (1840 - 1902), famoso cartunista norte-americano, publicado no jornal Harper’s Weekly, imagem de Noel, baseada em Clement. Publicação de 1863. Na Noruega, data de 1899, o surgimento daquele que é a alegria da criançada.

Em 1902, Frank Arthur Nankivell (1869 - 1959), caricaturista australiano, fundamentado em Nast, concebeu uma ilustração do presenteiro velhinho, parecida as atuais.
Naquele mesmo ano, L. Frank Baum (1856 - 1919), autor de “O Mágico de Oz”, escreveu o livro “The Life and Adventures of Santa Claus” (A Vida e as Aventuras de Papai Noel), história replicada até hoje, onde a cor verde caracteriza a vestimenta. 1912, datada na França, e 1922, na Espanha, as acolhidas do mito da meninada. Ainda em 1920, a revista The Saturday Evening Post divulgou a figura de Papai Noel, pintada por Norman Rockwell (1894 - 1978), em propaganda de conhecido refrigerante.

No Canadá de 1930, fez-se anunciado. E, em 1932, Walt Disney (1901 - 1966) produziu o desenho animado “Aprendiz de Papai Noel”. No Brasil, década de 1930, do malogrado movimento “Democracia Racial”, Noel recebeu cocar e tanga de penas e o nome de Vovô Índio. Filho de escravo africano e índia nativa, criado numa família de brancos. Gaiatas figuras da “política cultural”.