O tratamento de TDAH

Escrito por Margarete Chinaglia ,
Margarete Chinaglia  é consultora e coach de carreira, palestrante sobre diversidade e inclusão etária, qualidade, além de ser especialista e pesquisadora sobre TDAH- transtorno do déficit de atenção e hiperatividade
Legenda: Margarete Chinaglia é consultora e coach de carreira, palestrante sobre diversidade e inclusão etária, qualidade, além de ser especialista e pesquisadora sobre TDAH- transtorno do déficit de atenção e hiperatividade

No Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) o diagnóstico precoce ajuda no tratamento e na qualidade de vida. Independentemente da idade em que ocorre o diagnóstico, é vital tratar o TDAH, pois é o apoio para o controle dos sintomas e qualidade emocional. 

Não existe uma cura, mas é possível melhorar a convivência no âmbito social, emocional e acadêmico. O diagnóstico é feito pelo neurologista ou psiquiatra. O tratamento se dá por meio do tripé: psicoeducação, psicoterapia e medicamentos. 

A psicoeducação informa, orienta e conscientiza sobre o transtorno ao portador e à família, chegando ao ambiente de convívio, principalmente a escola. Ela ajuda a prevenir situações indesejáveis. É aplicada através de sessões grupais, palestras ou materiais informativos. 

A psicoterapia, envolve a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC). É indicada para lidar com o emocional, para ajudar vencer e driblar dificuldades. Fornece elementos necessários para as relações interpessoais e autonomia, e atua no desenvolvimento de padrões de comportamentos e pensamentos. 

Já os medicamentos, com prescrição médica, são utilizados para melhorar os sintomas do TDAH. Ainda nos dias de hoje são considerados como os “fantasmas”, pois há o medo da dependência química e dos efeitos colaterais. 

Existe a fase de adaptação ou escolha do medicamento que melhor atenda cada paciente. Após este ajuste, o custo/benefício se faz presente. Medicar significa testar a resposta do paciente, pois como o transtorno é funcional, cada pessoa responde de uma forma. Como disse uma vez Sam Goldstein, um renomado psicólogo americano: “o risco de não tratar é certamente maior que o risco do tratamento”. 

Há ainda a possibilidade de associação de outras comorbidades ao TDAH, onde pode ter a necessidade de tratamento concomitante. Portanto, encare o tratamento como um caminho que aumenta a confiança, empodera o contorno dos problemas ou desata os nós dos desafios, promovendo laços para uma vida mais leve e harmoniosa.

Margarete Chinaglia  é escritora e mãe de jovem com o transtorno

*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor