Empresas familiares: O retorno além dos números

Escrito por Cícero Rocha ,
Cícero Rocha é especialista em empresas familiares e diretor do Instituto Empresariar
Legenda: Cícero Rocha é especialista em empresas familiares e diretor do Instituto Empresariar
Um estudo recente conduzido pelo Instituto Empresariar trouxe à tona uma questão essencial no mundo dos negócios contemporâneo: as empresas familiares geram mais retorno que as não familiares? Este debate não é apenas acadêmico, mas também crucial para entendermos os diferentes modelos de gestão e suas consequências econômicas e sociais.
 
As empresas familiares são reconhecidas por sua visão de longo prazo. Enquanto as corporações não familiares muitas vezes perseguem lucros imediatos, as empresas familiares priorizam a sustentabilidade e a continuidade ao longo das gerações. Essa mentalidade oferece uma estabilidade que não se limita a balanços trimestrais, mas se estende por décadas, preservando o legado e os valores familiares.
 
A agilidade na tomada de decisões é outra vantagem destacada das empresas familiares. A proximidade dos proprietários com as operações diárias permite uma resposta rápida às mudanças de mercado e uma adaptação eficiente às novas demandas.
 
No entanto, é importante reconhecer que as empresas familiares também enfrentam desafios únicos. Questões como sucessão, governança e separação entre interesses familiares e empresariais podem complicar sua trajetória. A gestão profissionalizada e a capacidade de inovação constante são fundamentais para superar esses obstáculos sem comprometer a essência familiar da empresa.
 
Por outro lado, as corporações não familiares são frequentemente elogiadas por sua capacidade de maximizar lucros de curto prazo, as
metas anuais. Contudo, essa abordagem pode resultar em decisões arriscadas e menos sustentáveis no longo prazo. A falta de uma visão de futuro compartilhada e um compromisso duradouro, um propósito existencial com a continuidade podem tornar essas empresas mais vulneráveis a crises econômicas e mudanças de mercado.
 
Assim, não se trata apenas de calcular retornos sobre investimentos, mas de entender o impacto duradouro que as empresas familiares têm na economia, na sociedade, nos indivíduos. Seu DNA único, combinando visão de longo prazo, estabilidade financeira e agilidade operacional, continua a moldar o cenário empresarial de maneiras profundas e significativas, garantindo um legado para as gerações futuras. Empresa familiar: a empresa do futuro?
 
Cícero Rocha é especialista em empresas familiares e diretor do Instituto Empresariar 
 
 
 
Professor aposentado da UFC
Gonzaga Mota
05 de Julho de 2024
Jornalista e senador constituinte
Mauro Benevides
04 de Julho de 2024
Jurandir Gurgel é diretor Técnico Científico da Fundação SINTAF
Jurandir Gurgel
03 de Julho de 2024
Fernanda Cavalieri é pedagoga, cofundadora da Associação Fortaleza Azul (FAZ) e mãe de gêmeos atípicos
Fernanda Cavalieri
02 de Julho de 2024
Angela Vidal Gandra da Silva Martins é professora de Filosofia do Direito da Universidade Mackenzie
Angela Vidal Gandra da Silva Martins
30 de Junho de 2024
Pedro Ricardo Pinto da Silva é procurador do Município de Fortaleza, lotado na PROURMA
Pedro Ricardo Pinto da Silva
30 de Junho de 2024
Antônio Ferreira Lima Júnior é pesquisador do Observatório das Metrópoles - UFC
Antônio Ferreira Lima Júnior
29 de Junho de 2024
Professor aposentado da UFC
Gonzaga Mota
28 de Junho de 2024