É tempo de se reinventar

Escrito por Augusto Fernandes ,

O ano de 2020 tinha tudo para ser o da virada na economia. Todas as expectativas foram criadas frente às mudanças propostas na virada de 2019 para 2020. Porém, o fim do primeiro trimestre já ensaiava um cenário fatídico, o qual foi perdurado até meados de junho. O novo coronavírus surgiu e todo o cenário internacional e nacional se voltou para o combate de pandemia. Mas é chegada a hora de retomar os ares na economia.

Tudo indica que, se não houver uma segunda onda de infecções, deverão ocorrer surpresas positivas para o crescimento no segundo semestre. Caso processo de flexibilização gradual das restrições à mobilidade e ao funcionamento das atividades iniciado em junho se mantenha, projeta-se a recuperação gradual do PIB no terceiro e quarto trimestres.

Um dos porquês que existem para nos deixar otimistas para os próximos 180 dias é que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou nos últimos dias um crescimento de 8,9% na produção industrial brasileira. Esta foi a sua maior taxa desde junho de 2018 (12,5%). Esse aumento está relacionado a grandes categorias econômicas e a mais impactada é a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que avançou 70%, impulsionada pelo retorno à produção de unidades paralisadas por causa da pandemia da Covid-19. Ou seja, a economia não está mais estagnada.

Aos poucos, novos horizontes estão sendo traçados e as propostas econômicas feitas para o início de 2020 poderão de fato se concretizarem. É hora de juntar esforços para encarar uma nova realidade moldada por cuidados sanitários ainda mais exigentes, porém coerentes. As empresas e companhias precisam mais do que nunca se adequarem ao atual cenário para girar (e continuar girando) a gigante roda da economia a qual todos nós dependemos.

Augusto Fernandes

CEO da JM Aduaneira