Compromissos dos candidatos

Com as Convenções já em curso, os postulantes à chefia das edilidades e às câmaras respectivas ensaiam um trabalho de contato pessoal, numa pregação democrática, favorecida pelas redes sociais, todos bem atentos às orientações contra a Covid-19, com dirigentes partidários num esforço incessante, focalizando particularmente os concorrentes a prefeitos, que galvanizam as atenções da massa votante.

Convém recordar que, antes, os prefeitos das capitais seriam nomeados e não sufragados pelo eleitorado, numa conspurcação do direito de escolha, embora entre nós, os indicados tenham sido gestores convictos de suas atribuições, até que se restabelecesse o voto direto, em uma proposta de autonomia que sensibilizou o País, tornando-me reconhecido pela iniciativa, que teve um momento áureo, no Vale do Anhangabaú, quando conclamei às nossas forças políticas a devolver ao povo a prerrogativa de eleger o dirigente máximo de sua metrópole.

Falando do primeiro escolhido, Juraci Magalhães e, presentemente, de Roberto Cláudio, dir-se-á que os dois mereceram a investidura, pelo impulso empreendido em prol do desenvolvimento e bem-estar dos fortalezenses, amparados por visão aquilina dos problemas vitais, convencendo todos quantos confiaram-lhes o voto, em períodos distantes, mas ambos lutando com os seus sucessores para manter a urbe como um recanto fascinante do "Sol e do Mar", conforme o hinário enaltecedor de nossa moldura urbanística.

Todos que se alçaram ao cargo, quer interinos ou eleitos nas urnas, deram inestimável colaboração para que nos equalizássemos com outros centros urbanos, mesmo com orçamentos escassos, inibindo realizações a que faz jus nossa encantadora cidade.

Que o próximo alcaide saiba propiciar esse embalo enternecedor de estruturação urbana, de que nos orgulhamos com prazeroso sentimento cívico.

Mauro Benevides
Jornalista e senador constituinte