Centenário de Assunção Gonçalves

Fui um privilegiado em ter conhecido e da sua amizade. Juazeiro muito mais, em ter uma filha com a sua dimensão.

Educadora de alto nível, artista renomada, pintora, rendeira, artista multimídia, a mais juazeirense de todas as pessoas nascidas em Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil.

Devo à minha amiga Ermengarda Santana, essa oportunidade da compartilha desta data tão significativa e particular, da vida dessa mulher maravilhosa, que nunca morrerá, pois é uma imortal.

A sua simplicidade foi sua grande marca, como também as virtudes e qualidades. Por isso, jamais morrerá, como não morreu o nosso padre Murilo e o nosso querido Padre Cícero.

Adorei essa lembrança e homenagem que Dodora Guimarães prestou a uma pessoa que marcou muito a minha vida, Assunção Gonçalves, no seu centenário.

Ela e dona Amélia Xavier, duas imortais educadoras, marcaram para sempre a vida cultural de Juazeiro, do Cariri e do Ceará, através dos colégios Santa Terezinha e A Escola Normal Rural, ambos colégios femininos.

Atendiam, além dos municípios vizinhos, cidades dos estados do Piauí, Pernambuco e Paraíba que faziam divisa com o Ceará, principalmente com a região do Cariri.

O fato que inegavelmente me marcou foi quando a Escola Normal passou a admitir homens. Eu fui o primeiro aluno, nesse ano sob comando de Dona Assunção, onde firmamos uma grande amizade, que perdurou por toda sua vida. A partir daí, muitos jovens passaram por lá.

Como prova dessa grande lembrança, transcrevo essa passagem com dona Amélia Xavier, de 17 de maio de 1984: "Meu prezado Humberto, sensibilizada agradeço seu telegrama felicitando-me pelos meus 80 anos vividos, graças a Deus. Muitas saudades do aluno exemplar que continua honrando sua terra, sua família, sua gente e sendo orgulho santo e sadio desta sua amiga que se honra de contá-lo entre os seus discípulos".

Humberto Mendonça

Empresário