Bolsonaro, você está em perigo

Escrito por Jonathan Cabral ,

Em pleno 2021, um ano de pandemia do coronavírus e um ano para as eleições de governadores, senadores, deputados (federais e estaduais) e para presidente da República, o atual chefe do Executivo nacional, Jair Bolsonaro, decide, no ditado popular, “colocar o rabo entre as pernas” e seguir o que o mundo está fazendo para o combate da Covid-19.

Ele está fazendo isso porque acredita em medidas restritivas ou por que deixou de brigar com os estados? Não. Ele está fazendo isso porque que precisa. Sua base eleitoral e sua popularidade estão diminuindo. Uma reação para suas ações e discursos que fez desde o começo da pandemia, em março de 2020.

Precisou o eleitorado do presidente cair (em meio a mais de 1.900 óbitos em 24h) para Bolsonaro admitir que precisa ir contra a linha ideológica, que tanto pregou em 2020 e começo de 2021, como a desqualificação da vacina, a promoção da hidroxicloroquina ou agora recentemente a frase “chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando?”.

Uma matéria da Folha de S. Paulo do dia 8 de março fala sobre um chamado ‘Plano Vacina’, uma estratégia política que “cria” uma persona do presidente Bolsonaro que se preocupa com a campanha de imunização do Brasil, “deixando para trás a campanha anti-imunização que protagonizava até recentemente”.

O Plano Vacina inclui postagens em redes sociais e a criação de um gabinete de crise, sob a liderança do Congresso com a participação de membros do ministério da Saúde e do próprio ministro Eduardo Pazuello, principalmente depois da descoberta da recusa do governo federal de uma oferta de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer, que foi feita ano passado.

Em suma, o presidente Bolsonaro vê que sua situação política está se prejudicando cada vez mais e agora, com as anulações das condenações do ex-presidente Lula e o andamento do julgamento de suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, no Supremo Tribunal Federal, ele não vê outra opção senão aceitar a “derrota” para conseguir manter o máximo de seus eleitores para as eleições de 2022. Além disso, Bolsonaro tem que se ligar para o que virá, porque o seu pior pesadelo está de volta.

Jonathan Cabral
Estudante do ensino médio

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