Alisamento capilar: existe algum malefício?
Escrito por
Mirian Lima
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Popularmente conhecido e aplicado no Brasil, o alisamento capilar se concentra no uso de produtos cosméticos químicos que modificam a estrutura dos cabelos de cacheados ou crespos para lisos ou ondulados. Essa artimanha garante a duração desse efeito logo após o enxague.
O que poucas pessoas sabem, no entanto, é do que eles são feitos e o que causa no cabelo quando o uso é constante.
*Do que eles são feitos?*
Os produtos para o alisamento são classificados em alcalinos ou ácidos. Os alcalinos, por exemplo, são divididos em duas classes: os tióis, com ácido tioglicólico e tioglicolato, e os hidróxidos, de sódio, de potássio, de cálcio e a guanidina. Confuso?
Todos são, consequentemente, liberados pela ANVISA, que fique claro. O grande problema, contudo, é a grave incompatibilidade entre tioglicolato e hidróxidos, uma vez que o pH muito alcalino de tais substâncias pode resultar em queimaduras no couro cabeludo e na constante quebra dos cabelos. Não menos importante, os fios ficam mais frágeis e extremamente danificados.
E os malefícios?
O grupo de ácidos é o que se conhece como 'escova progressiva' no Brasil. O formaldeído, ou formol, nesse caso, foi a primeira substância a ser usada com essa finalidade, sendo misturado a produtos que possuem queratina hidrolisada, os aminoácidos.
Com o aquecimento promovido pelo secador e pela chapinha, o formol entra em ação e é liberado como gás. E o que acontece? Causa uma reação química entre a queratina hidrolisada/aminoácidos e a queratina do cabelo. Aos desavisados, o uso de formol como produto de alisamento é proibido no país.
Mirian Lima é proprietária da clínica Mirian Lima, especialista em terapia capilar