A importância da rede de apoio governamental para mães de crianças autistas

Por conseguinte, muitas mães ainda enfrentam preconceitos e dificuldades para que seus filhos sejam plenamente inseridos em ambientes educacionais, culturais, etc

Escrito por
Laís Albuquerque producaodiario@svm.com.br
Advogada no escritório Renan Azevedo
Legenda: Advogada no escritório Renan Azevedo

As mães de crianças autistas enfrentam uma jornada desafiadora, marcada pela assistência constante e pela busca de terapias que garantam o desenvolvimento e bem-estar de seus filhos. Nessa realidade, a rede de apoio é indispensável, e o governo tem um papel importante na estruturação de políticas públicas que ofereçam suporte adequado a essas mães, muitas vezes sobrecarregadas pela falta de auxílio familiar e social.

Nesse contexto, a rede de apoio se reflete, inicialmente, no acesso facilitado a diagnósticos e intervenções necessárias. Muitas mães relatam a dificuldade de conseguir uma avaliação e, quando obtida, enfrentam longas filas para assegurar vagas em tratamentos especializados. Vale destacar que um sistema de saúde eficiente é essencial para essas famílias, garantindo que o autismo seja tratado com a seriedade. Além disso, é preciso ampliar a oferta de profissionais capacitados para lidar com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma demanda crescente em todo o país.

Diante desses desafios, o governo brasileiro já deu passos importantes com a Lei nº 12.764/2012, conhecida como Lei Berenice Piana, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, garantindo o acesso a cuidados especializados, educação e benefícios assistenciais. Contudo, em algumas regiões, a implementação ainda é um desafio. A plena execução da legislação é fundamental para que as famílias, em especial as mães, possam contar com uma rede de amparo que facilite o acesso a tratamentos e direitos.

Por conseguinte, muitas mães ainda enfrentam preconceitos e dificuldades para que seus filhos sejam plenamente inseridos em ambientes educacionais, culturais, etc. Assim, os programas governamentais são vitais para incentivar a formação de professores e a adaptação dos espaços escolares, garantindo que essas crianças tenham uma educação inclusiva e de qualidade.

Em síntese, é imprescindível que o governo ofereça assistência psicológica e financeira a essas mães, muitas das quais não conseguem trabalhar devido à dedicação integral ao cuidado dos filhos. Projetos dessa magnitude podem aliviar o fardo dessas mulheres, proporcionando um ambiente familiar mais equilibrado. A rede de apoio, quando bem estruturada pelo governo, pode transformar a realidade de mães e crianças, garantindo-lhes mais dignidade, segurança e qualidade de vida.

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