Brasil tem a 2ª maior taxa de juros real do mundo, atrás só da Rússia; entenda os impactos

Juros altos favorecem investimentos de renda fixa, mas reduzem o consumo das famílias e impactam negativamente no PIB brasileiro

Escrito por Redação ,
Calculadora e caneta
Legenda: Copom elevou Selic para 11,75% ao ano
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A veloz escalada da Selic para 11,75%, na última quinta-feira (16), colocou o Brasil como o país com a segunda a maior taxa de juros real do mundo, atrás somente da Rússia — que enfrenta sanções econômicas em razão da guerra contra a Ucrânia. 

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Conforme levantamento da gestora de recursos Infinity Asset, considerando as projeções sem a inflação nos próximos 12 meses, a Rússia amarga percentual de 30,7%, enquanto a taxa de juros real brasileira é de 7,10%. 

Em seguida, vem a Colômbia (3,65%), Chile (3,64%) e o México (2,62%). O estudo considera 40 países. 

Em relação aos juros nominais, o Brasil ocupa o quarto lugar, atrás da Argentina (42,50%), Rússia (20%) e da Turquia (14%).

 

Qual diferença entre juros real e nominal?

No mercado financeiro brasileiro, há os conceitos de taxas de juros nominal e real para calcular o retorno dos investimentos. No caso da taxa nominal de juros, é aquela definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) 

Já a taxa real de juros, calcula a nominal, mas descontando a inflação do período. Ou seja, mede o ganho real daquela aplicação. 

 

Impactos da alta da taxa de juros

As taxas mais altas representam mais ganhos para os investidores de renda fixa, mas também pressionam a inflação.

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Isso ocasiona redução do consumo devido ao crédito mais caro e os investimentos das empresas também caem, reduzindo a geração de empregos e freando o Produto Interno Bruto (PIB). 

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