Quase 200 km de cabos de energia são furtados na Grande Fortaleza em dois anos

O total é quase a distância de Fortaleza ao município de Icapuí, divisa com o Rio Grande do Norte

Escrito por Renato Bezerra ,
Cabos de rede elétrica
Legenda: A prática afeta diretamente a qualidade do fornecimento de energia, pois ao se aproximar da fiação, a pessoa pode gerar ocorrências na rede elétrica
Foto: Kid Júnior

Crime recorrente no Estado, o furto de cabos de energia elétrica continua em alta ao longo dos anos. Entre 2018 e 2020, o número de ocorrências quase triplicou, com crescimento médio anual de 78% em Fortaleza e Região Metropolitana, segundo dados da Enel Distribuição Ceará

Em relação à quantidade, aproximadamente 200 quilômetros de rede foram saqueados no período, sendo 110 km somente no ano passado. O total levado nos dois anos é quase a distância de Fortaleza ao município de Icapuí, divisa com o estado do Rio Grande do Norte.

Em 2021, a Enel já registrou o furto de quase 25 km de rede elétrica na Região Metropolitana. Destes, 5,8 km aconteceram na Capital. 

Os bairros mais afetados este ano foram Fátima, Sabiaguaba, Montese, Centro, Cidade dos Funcionários, José de Alencar, Antônio Bezerra, Mondubim, Parque Santo Amaro e Papicu. 

Na Região Metropolitana, lideram as ocorrências as localidades de Cascavel, Beberibe, Pindoretama, Paripueira, Taíba, Mangabeira, Iguape, Sítios Novos, Caucaia e Praia das Fontes, com furto de mais de 19 km de rede. 

Impactos à população

A Enel explica que a prática afeta diretamente a qualidade do fornecimento de energia, pois ao se aproximar da fiação, a pessoa pode gerar ocorrências na rede elétrica. 

Existe ainda o risco de morte, em razão da possibilidade de descargas elétricas durante a manipulação dos cabos. 

Riscos ao Meio Ambiente

Os danos causados pelo crime ainda podem afetar o meio ambiente, segundo a Enel, visto que transformadores também são roubados. 

Como esses equipamentos são retirados sem os cuidados técnicos necessários, explica a distribuidora, a ação provoca derramamento de óleo mineral, com a possibilidade de contaminação do solo, da vegetação e do lençol freático.

Para denunciar a prática, a população pode entrar em contato com a Companhia através de sua central de atendimento, no telefone 0800.285.0196 ou pelos perfis nas redes sociais Facebook e Twitter.

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