Prevenção: veja como evitar a proliferação do mosquito da dengue

Período da quadra chuvosa demanda aumento dos cuidados domésticos. Número de casos na Capital teve queda de 73% em comparação a 2020

Escrito por Agência de Conteúdo DN ,
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Foto: Shutterstock

Tradicional época em que os cuidados com arboviroses precisam ser redobrados, o período da quadra chuvosa no Ceará se estende até o mês de maio. Até lá, as medidas para evitar a proliferação do mosquito aedes aegypti, transmissor das doenças dengue, chikungunya e zika, devem fazer parte do dia a dia da população. Ou seja, é momento de relembrar as principais práticas a serem tomadas nesse momento. 

De acordo com Nélio Morais, titular da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covis), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a indicação geral de evitar depósitos com água segue como principal cuidado. Práticas como a vedação das caixas d’água, desobstrução das calhas, vistoria por recipientes de água da chuva nos quintais, como garrafas, latas, pneus, entre outras. 

Nélio também indica que tanques, tambores, potes e cisternas sejam bem cobertos, com lavagem semanal com uso de bucha ou esponja nas paredes laterais, para remover os ovos do mosquito. “Lixo e descartáveis se deve evitar jogar em locais como terrenos baldios, devendo acondicionar em sacos plásticos e dar o destino adequado para coleta pública”, explica. 

Apesar do período da quadra chuvosa demandar mais cuidados, o titular reforça que as ações devem ser realizadas durante todo o ano, tanto pela sociedade quanto pelo poder público. 

De acordo com a plataforma IntegraSus, da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), foram registrados 4.874 casos de dengue no Ceará. Já de chikungunya foram 508 e 115 de zika. Em Fortaleza, até o início de abril, o número de casos de dengue teve uma queda de 73,48% em comparação ao ano passado. 

Proliferação do mosquito e incidência das doenças 

Segundo Nélio Morais, o ciclo reprodutivo do aedes aegypti se inicia com os ovos sendo postos nas paredes dos recipientes. A partir desse momento, eles podem ficar viáveis por mais de 400 dias. No contato com a água, os ovos eclodem, gerando o nascimento das larvas, que passam para a fase da pupa. Em até 48 horas, surge o mosquito. “Todo esse ciclo leva em média de 7 a 12 dias dependendo das condições de temperatura, alimentação nos criadouros.”

Em relação ao porquê da dengue ser a doença mais predominantemente transmitida pelo mosquito, em comparação a chikungunya e zika, Nélio explica que a dengue já possui incidência no Brasil há mais de 100 anos, enquanto as outras chegaram por volta de 2014. 

 

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