Pesquisa da UFC atuará na preservação de florestas marinhas com apoio financeiro europeu

O projeto conta com mais de 80 pesquisadores de 36 países do mundo, como Japão, Estados Unidos, Cabo Verde e Cuba

Escrito por Redação ,
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Legenda: Para o Ceará, a pesquisa terá extrema importância, visto que as florestas marinhas são responsáveis por sustentar a pesca
Foto: Natinho Rodrigues

A pesquisa Marine Animal Forest of the World, criada pela Universidade Federal do Ceará (UFC), será responsável por atuar na conservação, gestão, restauração e entendimento básico sobre as Florestas de Animais Marinhos (MAFs) em várias áreas do planeta. 

Serão contemplados os oceanos Atlântico, Indopacífico, Ártico e Antártico. A ideia é que o estudo possa “entender a distribuição, os impactos humanos e a conservação das florestas marinhas que existem no planeta inteiro”, de acordo com o professor do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), Marcelo Soares, para, junto aos governos locais, desenvolver práticas que colaborem com a saúde dos mares.

No mar, explica o pesquisador, as florestas também são compostas por seres vivos.

36 países envolvidos na pesquisa

O projeto é coordenado pelo professor Sérgio Rossi, docente visitante no Programa de Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais (PPGCMT) do Labomar, e conta com mais de 80 pesquisadores de 36 países do mundo, como Japão, Estados Unidos, Cabo Verde e Cuba.

A internacionalização do trabalho é justificada pela globalização e os efeitos ambientais causados em todo o planeta.

Hoje as mudanças ambientais estão afetando todo o mundo, o que acontece aqui no Brasil repercute na Europa, o que acontece na Europa repercute aqui no Brasil”
Marcelo Soares
Professor do Instituto de Ciências do Mar (Labomar)

Financiamento

Para que o estudo aconteça, será disponibilizado um financiamento de 500 mil euros (aproximadamente R$ 3,2 mi) oferecido pela COST European Cooperation in Science & Technology, entidade europeia que financia redes de pesquisa. A conquista foi anunciada na última terça-feira (25) e tem previsão para iniciar em setembro.

“O processo foi extremamente competitivo, foram necessárias muitas reuniões, muitas horas de trabalho e foi uma concorrência internacional, com outros grandes conglomerados de pesquisadores”, relembra o pesquisador.
  
Com o financiamento, será possível ainda promover “intercâmbio de alunos, de pesquisadores, através de cursos internacionais, que vão ser dados para todo o planeta numa perspectiva de sociedade de conhecimento, de ciência, tecnologia e inovação”, afirma Marcelo. 
  
Para o Ceará, a pesquisa terá extrema importância, visto que as florestas marinhas são responsáveis por sustentar a pesca. “A qualidade ambiental do nosso mar, nossos mares limpos, a própria estabilidade do nosso clima é dada pela preservação e conservação desses ecossistemas”.

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