Cresce o uso do cinto de segurança no banco de trás em Fortaleza, diz pesquisa
Em pouco mais de três anos, uso do item por usuários da Capital passou de 21% para 47%, segundo o levantamento
O comportamento adequado em relação às normas de segurança viária, aos poucos, ganha força em Fortaleza. Pelo menos é o que aponta pesquisa realizada pela Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global - em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC) - ao constatar que a utilização do cinto de segurança no banco traseiro do veículo cresceu de 21% para 47% em pouco mais de três anos.
Se levado em consideração o uso no banco traseiro e dianteiro, o levantamento aponta o aumento de 68% para 94% entre adultos no período de outubro de 2015 e fevereiro deste ano. Cresceu também, a utilização de assentos infantis para crianças de até 11 anos incompletos na Capital, passando de 29% para 47% no mesmo período.
Para o superintendente da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), Arcelino Lima, a conduta mais preventiva no deslocamento da cidade pode ser atribuída às recentes ações de educação e fiscalização desenvolvidas pelo órgão. Ainda assim, no ano passado, foram registradas cerca de 65 mil autuações pelo não uso do item de segurança em Fortaleza.
Risco
Mesmo se tratando de exigência legal, o uso do dispositivo, especialmente no banco de trás, ainda é bastante ignorado. O chefe do Núcleo de Operações da AMC, Disraelli Brasil, alerta para risco não apenas entre os que estão sem o equipamento, mas também para quem está sentado na frente do veículo, uma vez que, em caso de colisões, o peso dos corpos projetados multiplica.
O uso do cinto de segurança reduz o risco de morte entre os motoristas e passageiros do banco da frente em até 50% e de ferimentos leves e graves em até 20% e 45%, respectivamente, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A utilização entre passageiros do banco traseiro, por sua vez, a redução do risco de ferimentos fatais é de até 25% e de ferimentos leves até 75% em caso de acidentes.