Com arte e diversão, projeto Os Encantos da Mata ensina crianças sobre preservação ambiental

No Colégio Santa Cecília, os alunos do Infantil 5 foram orientados a reflexões sobre fauna, flora, biodiversidade e folclore brasileiro

Escrito por Colégio Santa Cecília ,
Legenda: Professores do Colégio Santa Cecília conduzem crianças do Infantil 5 pelos encantos da mata.

Todo ano acontece o projeto de encerramento da etapa da Educação Infantil, que aborda diferentes temáticas. Em 2020, os alunos mergulharam nos encantos da mata.

Cuidar da natureza, preservar a fauna e a flora brasileiras e valorizar a cultura indígena são lições que devem ser aprendidas desde muito cedo. Afinal, se esse olhar não começar a ser construído ainda na infância, o que será das futuras gerações?

Com música, poesia e ludicidade, 85 crianças do Infantil 5 do Colégio Santa Cecília foram guiadas por uma jornada de descobertas pela mata brasileira, aprendendo como deve ser a relação dos seres humanos com o meio natural. Não tiveram apenas uma aula sobre isso, mas o segundo semestre inteiro do ano letivo 2020, debatendo e refletindo sobre questões sociais, ambientais e culturais, como folclore, biodiversidade e outros elementos da Mata Atlântica, um dos principais biomas do Planeta.

Com o Projeto Os encantos da mata, a Escola orientou os alunos nessa jornada de experiências que se encerrou no último dia 12 de dezembro, com uma manhã de atividades lúdicas, coroando a passagem dos alunos da Educação Infantil para o Ensino Fundamental. Ali, respeitando os protocolos de distanciamento, eles tiveram um circuito de brincadeiras temáticas com o objetivo de despertar um olhar mais generoso pela natureza.

Inspirados pela obra “Lá dentro da Mata”, de Pablo Maurutto, os professores abordaram temas como desmatamento, queimadas na Amazônia e preservação ambiental. O livro conta que, após um cochilo na canoa, o curumim Poti e o cherimbabo (animal de estimação), o macaco Ayri, descobrem-se num mundo novo e estranho: a cidade. Lá, encontram o robô Jururu, descartado num ferro-velho, em busca de um novo significado para sua vida de lata. Poti e Airy decidem levar Jururu consigo, para gravar as belezas da floresta e mostrar aos homens da cidade a importância de preservar a natureza.

A história infantil, criada pelo músico e arquiteto baiano Pablo Maurutto, levou as crianças a investigarem os animais, biomas, folclore e a entenderem a importância do ecossistema para a preservação da vida no Planeta. Como vetor desse aprendizado, a arte foi o principal instrumento. Música, poesia, artes plásticas e muita criatividade facilitaram a conexão com o tema. “As crianças fizeram pinturas, desenhos, trabalhos com argila, usaram diferentes materiais e texturas. Elas eram convidadas a produzir obras de arte em diferentes linguagens”, explica Luiza Hermínia Brilhante, Supervisora Pedagógica do Colégio Santa Cecília.

As atividades ocorreram tanto de forma presencial como de forma remota, com encontros ao vivo, aulas gravadas e visitas guiadas virtuais a espaços de preservação, como o Parque do Cocó e o Zoológico Sargento Prata. “Foi um desafio, mas eles conseguiram assimilar, conseguiram demonstrar muito interesse de se colocar dentro do projeto de uma maneira muito ativa, participando de todas as propostas, agregando bastante com lugares que já visitaram e com outros animais que conheceram”, avalia a professora Thays Baima.

Entrega

A realização do projeto em um ano de distanciamento social acabou se mostrando particularmente especial. O engajamento dos alunos evidencia isso. “O que mais me chamou atenção foi a entrega de cada um”, observa a professora. “Eu acredito que o projeto veio aliado a essa sede de estar na escola, de vivenciar essa rotina novamente, de estar com os amigos. A vontade deles de realizar as atividades era algo lindo de se ver. Mesmo com tantos protocolos a serem seguidos, eles queriam protagonizar cada uma das oportunidades que eram dadas a eles de arte, de música, de leitura, de escrita, de presença na escola, com brilho no olho”, orgulha-se Thays Baima.

“Lucas se encantou ainda mais pelos animais”, comenta a mãe do garoto, a psicóloga Mariana Jereissati. “Teve uma fase de ficar caçando formiga para bater fotos. Essa fase das fotos, inclusive, estendeu-se e, quando íamos para a casa de praia, onde tem espaço maior e jardim, ele procurava e registrava todos os animais/insetos que encontrava e queria saber qual era”, recorda-se. “Curiosidade foi outra coisa que se despertou muito nele. Quando estavam estudando os animais em extinção, era um estudo que ia além de só saber quais eram. Eles viram cada um, as características e curiosidades. Lucas amava”, conta Mariana.

Lição para a vida

As educadoras do Colégio Santa Cecília acreditam que viver todas essas experiências e descobertas no ano vai repercutir durante toda a vida da criança. “Eles poderão levar esse olhar mais atencioso com a natureza, o cuidado com os espaços onde vivem, com aquilo que produzimos e consumimos de maneira muito exagerada. Eles saem mais atenciosos com isso, com olhar mais precavido, falando com a família, conversando sobre isso e partilhando o que aprenderam: que a natureza é algo precioso para todos nós”, resume Thays Baima. “Acreditamos que foram experiências ricas e potentes que eles vão levar ao longo da vida”, conclui Luiza Hermínia Brilhante.

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