Catarata na 3ª idade: acompanhamento é fundamental para realizar diagnóstico
Acompanhamento anual é estratégia para diagnóstico precoce da catarata e outras doenças da visão. Especialista explica os benefícios da cirurgia
Principal causa de cegueira reversível no Brasil, a catarata é uma doença que pode surgir em diferentes estágios da vida. Na faixa etária após os 60 anos, contudo, o desenvolvimento é mais frequente, o que demanda um acompanhamento anual dos idosos junto aos oftalmologistas.
De acordo com levantamento do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) divulgado em 2020, o número de cirurgias de catarata realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) dobrou entre 2009 e 2019. Para Jovanni Gomes (CRM: 5998 RQE: 1815), oftalmologista e cirurgião de catarata, o acompanhamento anual com médico especialista deve começar a partir dos 40 anos. Após os 60, caso haja redução na visão, histórico familiar de cegueira, ou outra doença, como glaucoma, o ideal é que seja a cada seis meses.
A catarata é caracterizada pela opacificação do cristalino, a lente natural que fica dentro do olho e é responsável pela focalização da imagem nítida. O nome da doença, inclusive, se dá pela sensação de se enxergar através de uma queda d’água. Além da catarata senil, que se desenvolve com a idade, há também outras variantes, como a infantil, a juvenil, por trauma e a causada pelo uso de medicações, como corticoides.
Procedimentos
A única forma de se tratar a catarata é por meio de cirurgia. Ela consiste na remoção do cristalino opacificado, seguido pelo implante de uma lente artificial. “Hoje, com a tecnologia de exames, nós temos a possibilidade, na maioria das vezes, de corrigir não só o grau do cristalino, mas o grau do óculos do paciente, deixando, dependendo da lente que se implanta, o paciente livre do óculos, restabelecendo a sua qualidade de vida, restabelecendo totalmente sua qualidade visual”, explica Jovanni.
No caso da farmacêutica Francineuma Gomes, de 66 anos, o diagnóstico de catarata veio com a realização de exames de rotina, em fevereiro do ano passado. Na época, ela já apresentava sinais como a baixa visibilidade mesmo utilizando óculos. Em pouco tempo, realizou a cirurgia corretiva para a aplicação das lentes nos olhos.
Em relação ao pós-operatório, Francineuma relata que seguiu todas as recomendações do médico, como repouso absoluto e o não levantamento de pesos. “Uma das coisas mais importantes da vida é enxergar bem e não ter que pegar óculos nem nada, me deu uma alta na qualidade de vida.”
Cuidados frequentes
Jovanni reforça que, como prevenção da cegueira, o acompanhamento anual de rotina de pacientes na 3ª idade é uma das principais estratégias. O especialista destaca que é muito comum se buscar consulta somente na troca de óculos, o que deve ser evitado. Além da catarata, pode ser realizado também o diagnóstico precoce de doenças como degeneração macular e glaucoma, que levam à perda irreversível da visão.
Serviço
Conselho Brasileiro de Oftalmologia
https://cbo.net.br/2020/
Núcleo de Oftalmologia
https://nucleodeoftalmologia.com.br/
Cirurgias - Núcleo de Oftalmologia
https://nucleodeoftalmologia.com.br/para-voce/cirurgias/
Associação Brasileira De Catarata E Cirurgia Refrativa
https://brascrs.com.br/